Os portos de Pemba e Mocímboa da Praia, dois dos principais corredores logísticos de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, estão a viver uma fase crítica de estagnação, com uma queda substancial nas suas operações de exportação.
Segundo o relatório divulgado após a 3.ª Sessão Ordinária do Conselho dos Serviços Provinciais de Representação do Estado, os portos de Pemba e Mocímboa da Praia registaram um desempenho abaixo das expectativas no primeiro trimestre de 2025. O Porto de Pemba, que deveria movimentar um volume maior, processou apenas 37 mil toneladas métricas, correspondendo a 66% da meta estabelecida. Isso representa uma diminuição de 19% em comparação com o mesmo período de 2024.
O Porto de Mocímboa da Praia, por sua vez, enfrentou uma situação ainda mais crítica, processando apenas 8 mil toneladas métricas, um número muito abaixo das 15 mil previstas.
De acordo com o comunicado oficial, a queda no desempenho dos portos é atribuída a vários fatores adversos, incluindo a suspensão das exportações de grafite, uma diminuição significativa no envio de madeira serrada e a desaceleração nas operações relacionadas com a indústria de petróleo e gás, sectores que tradicionalmente representavam uma parcela significativa da carga nos portos da região.
O documento do Conselho dos Serviços Provinciais também destaca que, apesar dos desafios enfrentados, o Porto de Pemba ainda conseguiu manter algum nível de atividade, movimentando carga para várias áreas da província. No entanto, a desaceleração nas operações de Mocímboa da Praia levanta questões sobre a sustentabilidade das operações portuárias na região. (x)
Por: Bonifácio Chumuni
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