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quarta-feira, 30 abril 2025 15:48

Cabo Delgado: Capitão Tenente da Reserva do Niassa lança críticas severas à atuação da FDS no combate a insurgência

Imagem Ilustractiva. Imagem Ilustractiva.

A recente incursão de grupos armados na Reserva Especial do Niassa, com particular incidência no Bloco Kambako, motivou uma crítica contundente à atuação das Forças de Defesa e Segurança (FDS) por parte do Capitão Tenente da Reserva Especial do Niassa, Abdul Machava.

Falando na noite deste domingo, 27 de Abril de 2025, durante o programa Noite Informativo da STV, Machava defendeu que a segurança da Reserva deveria ser considerada uma prioridade estratégica para o país. Lamentou a falta de medidas eficazes para neutralizar rapidamente os invasores.

"[...] a sua segurança, deveria ser prioridade, porque fazendo segurança estamos a fazer segurança a toda população em geral, então, eu não sei qual é o nível de disposição tático dos dispositivos monitários naquela zona, para que isto aconteça e não se tenha encontrado formas de encurralar esses indivíduos num determinado espaço de tempo."

Abdul Machava reconheceu que as FDS têm conseguido conter, em certa medida, o avanço dos insurgentes em Cabo Delgado. No entanto, voltou a apontar falhas no dispositivo tático e estratégico das tropas, sobretudo tendo em conta a mudança de padrão da insurgência, que passou de ocupação de territórios para ações de guerrilha mais dispersas.

"Às Forças Armadas de Defesa de Moçambique e às Forças de Defesa e Segurança, na verdade, pese embora esteja a conseguir controlar o ímpeto destes insurgentes em Cabo Delgado, mas eu volto a criticar aquilo que é o dispositivo tático estratégico das tropas dentro de um contexto, que nós já sabemos que trata-se de luta contra uma guerrilha, uma guerrilha que deixou de atacar e ocupar territórios e passaram a ser apenas o grupo pequeno, maleáveis [...] que exigem outras formas técnicas de abordagem que envolve o dispositivo tático das tropas e a projeção das forças."

O Capitão Tenente destacou ainda a importância da rápida projeção de forças como elemento determinante para o sucesso nas operações contra a insurgência. Chamou atenção para a necessidade de resposta ágil e estratégica.

"Eu digo mais, qualquer guerra contra essa insurgência depende de como nós conseguimos projectar às forças num curto espaço de tempo."

As declarações de Abdul Machava surgem num momento de renovadas preocupações quanto à capacidade das FDS em assegurar a estabilidade nas províncias do norte, numa altura em que novas ações terroristas voltam a desafiar o controlo governamental em zonas consideradas sensíveis. (x)

Por: António Bote

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