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Ivan

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As informações foram partilhadas esta segunda-feira, 10 de Março de 2025, por fontes seguras e bem posicionadas no Ministério da Educação no distrito de Mocímboa da Praia, norte da província de Cabo Delgado, Moçambique. Em uma entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, as fontes relataram os acontecimentos mais recentes envolvendo os terroristas e o impacto no sistema educacional local, ocorridos na última semana de Fevereiro de 2025.

De acordo com os relatos, os terroristas têm feito ameaças e exigido mudanças nas atividades escolares em várias aldeias da região, obrigando as crianças a frequentarem madraças em vez de escolas. A aldeia de Ulo, localizada próxima à sede do distrito, foi uma das primeiras a ser afetada.

"Existem aldeias em que, na semana passada, chegaram os terroristas e informaram que não queriam ver aulas a decorrer, mas sim madraça. Isso aconteceu na aldeia de Ulo, mas bem próximo da vila sede", revelou uma das fontes.

Os terroristas abordaram diretamente os professores e exigiram que as aulas fossem substituídas por madraças. "Eles chegaram e disseram: 'Queremos que sejam aulas de madraça, não o que estamos a lecionar.' Os professores arrumaram as suas pastas e foram informar a direção distrital. Isso é do conhecimento do Administrador. Prontamente, abandonaram as aldeias", relatou a mesma fonte.

A situação tem gerado uma crescente insegurança, e a relação entre os terroristas e a população tem sido descrita como tensa, mas com momentos de cooperação.

"Ultimamente, há boas relações entre os terroristas e a população. Os terroristas chegam, conversam com a população de forma amigável, prometem não matar ninguém e apenas pedem que a população colabore. Quando a população colabora, nada acontece. Então, nessas circunstâncias, que professor poderá voltar a dar aulas?", questionou outra fonte. Ela também relatou uma experiência envolvendo a acolhida dos terroristas pela comunidade: "Receberam-nos bem, deram comida e alojamento por dois dias, até eles voltarem novamente para as matas. Mas isso tem sido algo forçado. Já imaginou alguém chegar bem armado e pedir para preparar chima? E depois te diz que não deve comunicar a ninguém que estão ali."

Na aldeia de Malimbi, os terroristas continuaram com a mesma abordagem, pressionando a população a enviar as crianças para madraças em vez de escolas.

"Lá na aldeia de Malimbi, os terroristas marcaram um encontro, pedindo à população que os seus filhos frequentem madraça e não a escola", afirmou uma terceira fonte. Durante a reunião, os terroristas disseram à população: "Chamaram a população, reuniram-na e tiraram a bandeira com algumas escritas em Swahili, que em português significa 'perdão'. Depois falaram para a população fugir, dizendo que isso já acabou, que devem produzir, construir casas, e quem quiser ir às festas pode ir. Só que os vossos filhos devem frequentar a madraça e não a escola." A população, temerosa, respondeu que não havia mais professores na aldeia, pois todos haviam fugido. "Então, voltaram a dizer que os vossos filhos devem frequentar a madraça e não a escola."

Na aldeia de Unduva, a situação foi ainda mais tensa. Os terroristas confiscavam os telefones e mantinham um controle rigoroso sobre a comunidade. "Não consegui tirar fotos dessa bandeira, porque eles haviam confiscado os telefones", afirmou uma das fontes. Segundo ela, cerca de 30 pessoas estavam presentes no encontro, onde a presença opressiva dos terroristas era palpável.

Em contacto com o Administrador do distrito de Mocímboa da Praia, Sérgio Cipriano, disse não ter informações sobre o assunto e que, precisava de se informar mais.

"Deixa-me procurar saber, se eu confirmar, amanhã podemos falar. Não tenho ainda está informação", explicou o dirigente.

A Zumbo FM Notícias soube ainda que os directores e professores das escolas existentes nessas aldeias, alguns fugiram para a cidade de Pemba, em busca de segurança diante das ameaças dos terroristas.

Apuramos ainda que antes da fuga, foram se despedir na direcção distrital de educação do distrito de Mocímboa da Praia, mas a direção recomendou-lhes que fizessem um documento oficial sobre a sua fuga. No entanto, os directores recusaram fazer um ofício formal. (x)

Por: António Bote

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Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias neste sábado, 08 de Março de 2025, o Administrador do distrito de Balama, Edson Lino, forneceu detalhes importantes sobre a actual fase de negociações entre o governo, as empresas de exploração de grafite e as comunidades locais, após o conflito ocorrido no final de 2024, quando a população local invadiu a maior mina de grafite do mundo, exigindo compensações adequadas pelas perdas que sofreram devido ao reassentamento.

O Administrador começou por contextualizar o problema histórico que remonta aos anos de 2014, 2016 e 2017, quando muitas famílias foram reassentadas, mas o processo de indemnização apresentou várias falhas. Ele explicou que a falta de compensação justa levou a uma série de reclamações por parte das comunidades afectadas: "Mas primeiro devo contextualizar o problema, no período de 2014, 2016 a 2017 ocorreu o reassentamento de algumas famílias e não é que as famílias de fato tiveram acesso às suas machambas, e é lá onde ocorre a exploração do grafite nas machambas. Então, em algum momento, houve algumas lacunas no processo de indemnização. As comunidades reclamaram e nós achamos que era uma oportunidade extra de saber o que restou do reassentamento do passado para ver se podemos remediar algumas lacunas", explicou.

O momento de tensão e reivindicação tomou forma no final de 2024, quando a população de Balama, diante da frustração acumulada, invadiu a mina de grafite, gerando um cenário de grande visibilidade e pressão para que o processo de indemnização fosse finalmente cumprido. Esse ato de contestação se tornou um marco importante, levando o governo a intervir de forma mais activa nas negociações.

De acordo com Administrador, Edson Lino, as conversações estão agora em andamento e com um progresso significativo.

"Com satisfação, neste momento, as negociações estão num bom ritmo e estou querendo acreditar que na próxima semana darei informações positivas sobre os avanços e os fechos que estão a decorrer", afirmou o Administrador. Ele acrescentou que uma equipa do reassentamento da província está actualmente a fazer a aferição dos hectares de terra perdidos por cada família, de forma a calcular os valores exactos das indemnizações a serem pagas.

"Estamos já num passo muito bom entre as famílias, neste caso a comunidade e a empresa. Nós, como governo, estamos a mediar este processo", disse Lino, transmitindo otimismo de que uma resolução satisfatória será alcançada em breve.

A resolução desse impasse é aguardada com grande expectativa pelas comunidades de Balama, que, ao longo dos anos, têm sofrido as consequências da exploração de grafite sem receber as compensações devidas. O processo de indemnização tem sido uma demanda constante das famílias reassentadas, que perderam terras essenciais para o sustento de suas vidas, especialmente nas áreas onde a exploração de grafite se intensificou.

Através de um esforço contínuo, o governo espera solucionar as lacunas do processo de reassentamento e garantir que as famílias afectadas sejam adequadamente compensadas, encerrando um capítulo de tensões e incertezas no distrito. (x)

Por: António Bote

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O Governo do Japão disponibilizou 10 milhões de euros (11 milhões de dólares) para reforçar a segurança e o policiamento comunitário em Cabo Delgado, província moçambicana afetada pela insurgência armada desde 2017, avançou esta terça-feira a Agência de Informação Lusa, citando um comunicado da Embaixada do Japão.

Segundo a mesma fonte, o financiamento será aplicado na reabilitação de cinco esquadras policiais, construção de 13 novas e de um posto fronteiriço, além do reforço das infraestruturas dos postos de migração. Os fundos foram entregues à Organização Internacional para as Migrações (OIM), entidade responsável pela execução do projeto.

O comunicado destaca que a iniciativa visa reforçar a capacidade das forças policiais e de migração no combate ao crime, especialmente em zonas fronteiriças, e aproximar as comunidades das autoridades locais.

Desde outubro de 2017, Cabo Delgado, uma província rica em gás natural, enfrenta ataques de grupos armados ligados ao extremismo islâmico. O conflito já provocou milhares de mortos e levou ao deslocamento de mais de um milhão de pessoas.

De acordo com recente estudo do Instituto para a Economia e a Paz (IEP) sobre o Índice Global de Terrorismo 2025. O relatório, divulgado na semana passada, aponta para uma escalada de ataques violentos na região, com um número crescente de vítimas fatais e uma intensificação da insegurança.

O Índice Global de Terrorismo (GTI), que analisa o fenômeno em 163 países, coloca Moçambique na 17ª posição, com mais de 60 incidentes, 122 mortos e 80 reféns apenas no último ano. (x)

Por: Bonifácio Chumuni

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Após ser ouvido por cerca de dez horas na Procuradoria-Geral da República (PGR), o político e ex-candidato presidencial, Venâncio Mondlane, revelou nesta terça-feira, 11 de Março de 2025, que lhe foi aplicada uma medida de Termo de Identidade e Residência (TIR). Isso implica que o político deve comunicar à PGR todas as suas movimentações, especialmente aquelas que ultrapassem cinco dias de afastamento de sua residência.

"Foi-me aplicada uma medida de limitação, que é o termo de identidade e residência. Isso significa que não posso me deslocar sem informar a Procuradoria e não posso estar ausente da minha casa por mais de cinco dias", explicou Mondlane.

Apesar de ter sido submetido ao interrogatório, o ex-candidato presidencial afirmou que não sabe qual é a acusação formal contra ele. Mondlane questionou também a imparcialidade da PGR, dado que desde o ano passado tem apresentado queixas à instituição, sem que tenha havido qualquer avanço. Em resposta, a PGR solicitou que Mondlane e sua equipa apresentem cópias dos processos para esclarecerem em que estágio se encontram.

"O encontro foi cordial, mas o curioso é que, infelizmente, não consigo responder 'qual é o crime de que sou acusado?'. Ficamos horas lá, mas não conseguiram me dizer qual é o crime", afirmou Mondlane.

Em relação aos incidentes de saques e vandalismos ocorridos recentemente, Mondlane apresentou imagens que, segundo ele, mostram polícias arrombando armazéns e depois chamando a população a recolher os produtos. Durante as dez horas de interrogatório, com o Procurador Paulo Armando, Mondlane destacou que a PGR não conseguiu especificar o crime pelo qual ele seria responsabilizado.

"Fizeram uma série de perguntas, justificando o tempo de interrogatório, mas basicamente as perguntas estavam relacionadas às manifestações, à incitação à violência, aos prejuízos à economia e aos distúrbios supostamente causados nas manifestações. Eu respondi a todas, mas sem saber qual é o crime de que sou acusado", disse o político.

 Venâncio Mondlane voltou a afirmar que o verdadeiro foco de investigação deveria ser Bernardino Rafael, então comandante da polícia durante as manifestações violentas que ocorreram no país. Segundo Mondlane, Daniel Chapo, na ocasião, teria incitado a violência ao afirmar que a polícia deveria fazer "jorrar sangue". O político acredita que tais declarações são um incentivo à violência, e lembra que, após esses comentários, membros de seu movimento foram brutalmente perseguidos e mortos, somando mais de 20 vítimas fatais, além de cerca de 411 pessoas detidas de forma ilegal ou cujos paradeiros permanecem incertos.

Em relação ao futuro, Mondlane mencionou que o processo de criação de seu partido político continua em andamento, e que, nos próximos dias, a documentação será submetida às instituições competentes. Além disso, no dia 10 de março, ao retornar de Gaberone, em Botswana, Mondlane revelou que enfrenta oito processos contra si, incluindo um que o acusa de ter causado a destruição de mais de 300 km de estradas na província de Inhambane durante as manifestações. (x)

Por: António Bote

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Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, realizada na última semana do mês passado (28.02.2025), o Director provincial do Fundo de Investimento e Patrimônio do Abastecimento de Água (FIPAG) em Cabo Delgado, Eugénio Matsinhe, afirmou que a falta constante de água na província deve-se a cortes e oscilações frequentes de energia elétrica, o que tem agravado a crise no abastecimento.

“Sofremos danos na linha de média tensão e passamos dias tentando repor a corrente. Embora tenhamos energia, registramos muitas oscilações e cortes constantes, o que impacta diretamente a nossa produção. A produção de água depende da energia elétrica, que é essencial para o nosso sistema de abastecimento. Esses fatores têm contribuído significativamente para a escassez de água aqui na cidade de Pemba”.

Matsinhe explicou ainda que a entidade tem recorrido ao uso de geradores para minimizar o problema, porém ressaltou que a medida é limitada devido aos altos custos com combustível.

“Em momentos críticos, recorremos ao uso de geradores para tentar minimizar a situação. No entanto, não conseguimos mantê-los em funcionamento por muito tempo, pois os custos para operar são elevados devido ao preço do combustível”- disse.

A entidade refere ainda, que estão sendo implementadas medidas para evitar futuras crises de abastecimento de água, incluindo a construção de infraestruturas mais resilientes para lidar com fenômenos naturais.

“Estamos a implementar medidas para evitar futuras crises, incluindo a construção de infraestruturas mais resilientes, capazes de se adaptar às condições atuais, como as mudanças climáticas, que impactam diretamente o nosso sistema”- sublinhou.

A Zumbo FM Notícias contactou o Director Provincial da Eletricidade de Moçambique em Pemba, Hermínio Assamo, que afirmou que os cortes são decorrentes das manutenções na linha, uma vez que a infraestrutura foi afectada pelo ciclone Chido, que atingiu a província a 15 de Dezembro de 2024. No entanto, estão sendo realizados trabalhos para solucionar o problema.

“Os cortes resultam das manutenções na linha, uma vez que a nossa infraestrutura foi afetada pelo ciclone Chido. Atualmente, a rede elétrica opera com instalações provisórias enquanto trabalhamos na reposição total da infraestrutura. À medida que avançamos nos reparos, há sempre a necessidade de ajustes no sistema. No caso do FIPAG, estamos a utilizar uma linha alternativa ligada à fábrica de cimento. Durante as manutenções, ao identificarmos um ponto crítico, é necessário interromper temporariamente o fornecimento para garantir a segurança dos técnicos. Já comunicamos ao FIPAG sobre essas interrupções”- justifica, Hermínio Assamo, Diretor Provincial da Eletricidade de Moçambique (EDM) em Cabo Delgado.

A província de Cabo Delgado, localizada no norte de Moçambique, tem enfrentado uma grave crise no abastecimento de água potável. A região conta com uma população estimada em cerca de 1.287.814 habitantes, dos quais 16,8% residem em áreas urbanas.(x)

Por: Nazma Mahando

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O ciclone tropical "JUDE", que evoluiu de uma depressão tropical severa, deverá enfraquecer nas próximas horas, mas a previsão é de chuvas intensas em várias regiões de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, nos próximos dias.

De acordo com o delegado provincial do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), Abdul Carimo, o ciclone poderá afetar os distritos de Pemba, Namuno, Balama, Metuge, Mecúfi, Chiure e Ancuabe.

Em entrevista exclusiva, Abdul Carimo, informou que a diminuição da intensidade do sistema está associada à redução da sua velocidade. No entanto, isso não significa o fim das chuvas fortes, que continuarão a afetar a região com precipitação acumulada de até 50 milímetros por hora. As chuvas deverão ser fracas a moderadas, localmente fortes, durante esta segunda-feira, terça-feira e quarta-feira.

O delegado provincial do INAM afirmou: "Neste momento, a depressão tropical severa que evoluiu para ciclone tropical e espera-se que enfraqueça nas próximas horas. O enfraquecimento do sistema significa a redução da sua velocidade, o que vai incrementar muita chuva. Portanto, espera-se, nas próximas horas e dias, chuvas fracas a moderadas, localmente fortes, para esta segunda-feira, terça-feira e quarta-feira, com um acumulado de 50 milímetros por hora e, em 24 horas, com tendência de abrandar no dia 13, nas primeiras horas. Isto porque, no dia 13, o sistema poderá voltar para o Canal de Moçambique e deslocar-se para o sul de Madagáscar."

O INAM continuará monitorando a evolução do sistema e recomenda à população de Cabo Delgado que se mantenha atenta às atualizações e tome as devidas precauções diante das condições climáticas adversas previstas.(x)

Por: Bonifácio Chumuni

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Devido a tempestade tropical "JUDE" as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) cancelou os voos entre Maputo e as cidades de Nampula, Nacala e Pemba. A decisão afeta passageiros que viajariam nos dias 9 e 10 de março do presente ano.

A LAM informou que os voos serão retomados assim que as condições do tempo melhorarem. "Pedimos desculpas pelos transtornos, mas a segurança dos passageiros vem em primeiro lugar", declarou a companhia, citado pela integrity.

Jude formou-se a nordeste de Madagáscar e evoluiu para tempestade tropical moderada no dia 7 de março. As autoridades seguem monitorando sua trajetória e possíveis impactos no país.(x)

Por: Nazma Mahando

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O Conselho Municipal de Pemba (CMP) realizou, na última sexta-feira, 07.03.2025, uma feira de soluções inovadoras locais com o objetivo de estimular o uso da tecnologia para enfrentar desafios em setores essenciais, como agricultura, saúde, meio ambiente, educação e empreendedorismo juvenil, visando a geração de auto emprego na província.

Durante a abertura do evento, Jackson Magido, representante do presidente do Município de Pemba, destacou a importância da iniciativa para o desenvolvimento da cidade.

"Esta feira tem como principal objetivo estimular o uso da inovação e tecnologia para resolver desafios locais, promovendo soluções criativas e sustentáveis em áreas como agricultura, saúde, meio ambiente, educação e empreendedorismo", afirmou Magido.

Esta feira não apenas incentiva a troca de conhecimento, mas também fortalece o ecossistema de inovação na cidade de Pemba e no país em geral.

"Ao oferecer este espaço de partilha e aprendizagem, acreditamos que estamos a impulsionar novas ideias capazes de transformar Pemba e gerar um impacto positivo em toda a sociedade", acrescentou Magido.

O evento também contou com a participação de entidades que atuam no apoio ao empreendedorismo jovem. Daniela Kujomãe, representante da Fundação E35, enalteceu o potencial dos jovens e a necessidade de investir neles.

"Esta iniciativa reforça a importância de investir nos jovens, oferecendo-lhes espaços de partilha, aprendizagem e conhecimento. Hoje, celebramos a criatividade da juventude de Pemba, que, apesar dos desafios, tem demonstrado que a inovação e o empreendedorismo são caminhos poderosos para transformar a província. Estamos aqui para apoiar, incentivar e tornar essas ideias realidade", afirmou Kujomãe.

A feira reuniu empreendedores locais, estudantes e representantes de instituições que acreditam na inovação como motor do desenvolvimento sustentável em Cabo Delgado. (x)

Por: Nazma Mahando

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Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, o administrador do distrito de Balama, Edson Lino, falou sobre o progresso da campanha agrícola da região e as estratégias adotadas para melhorar a segurança alimentar e o desenvolvimento econômico local. A entrevista ocorreu neste sábado, 8 de Março de 2025.

Lino iniciou destacando os avanços da campanha agrícola, considerando que a produção está a seguir um bom ritmo.

"Nós falamos sobre o decurso da nossa campanha agrícola, um dos pontos mais fortes que nós debatemos e passamos a revista o que foi o nosso plano e aquilo que está sendo a nossa campanha. Pensamos nós que vamos ter uma boa safra, visto que o crescimento das plantas está num bom ritmo e estamos felizes porque já conseguimos alcançar aquilo que é a segurança alimentar. Agora estamos a lutar para termos o excedente, o excedente para comercializarmos para outros distritos e outros mercados", disse.

Em relação à produção agrícola prevista para este ano, Edson Lino revelou que o distrito planeia atingir cerca de 350 mil toneladas de diversas culturas.

"Para este ano, nós planificamos perto de 350 mil toneladas de produção diversa. Isso agregado temos as culturas alimentares, que são o milho e as feijões. Isto já está assegurado, temos uma boa produção e o crescimento das plantas estabilizado. Mas também temos as culturas de rendimento, que são o soja, o gergelim, que são fatores de produção ao nível do nosso distrito, e temos também o feijão buere. Mas a nossa grande aposta tem sido a produção alimentar, com estas culturas principais, que são o milho e os feijões", explicou.

O administrador também abordou as iniciativas que visam melhorar o poder econômico das famílias de Balama, destacando a importância da diversificação na pecuária e avicultura.

"Nós estamos a fazer com que as nossas famílias em Balama tenham o poder econômico para além da agricultura. Nós queremos que as famílias apostem na pecuária, que é na criação de cabritos, mas também na avicultura, que é a criação de galinhas. Então isso vai fazer com que as nossas famílias tenham o poder de compra para fazer face às despesas e outras situações que exigem o pagamento de dinheiro", disse.

Sobre a problemática do roubo de cabritos, Lino revelou que a solução adotada para reduzir esse crime foi a criação de associações de criadores de cabritos.

"Havia no passado muito roubo de cabritos ao nível do nosso distrito, então, para eliminarmos o roubo de cabritos, achamos melhor criar associações de Criadores de Cabritos por cada localidade. Sendo assim, a circulação de cabritos ao nível do nosso distrito para outros distritos só vai ocorrer consoante a emissão de uma guia. Então aquele que está circulando vai ter que apresentar a guia nos postos de controle. Assim vamos reduzir os roubos de cabritos, mas também queremos que os nossos criadores comecem a produzir em grandes quantidades ao nível do nosso distrito", destacou.

Finalizando, Edson Lino fez um apelo à população de Balama para que se mantenha focada no cultivo das suas machambas.

"Apelar às nossas comunidades para se focarem no controle das suas machambas, visto que ainda estamos num crescimento positivo econômico nos nossos planos. Então seria inoportuno abandonar os campos, aqueles que estão nos campos de produção, que continuem lá até conseguirmos ter a certeza que a safra foi bem concebida. Então, é a hora de trabalhar, é a hora de arregaçar as mangas para alcançarmos aquilo que nós planificamos em termos de produção de comida, mas também em termos de produção de culturas de rendimento", concluiu. (x)

Por: António Bote

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O fundador da Organização Não Governamental Kwendeleya, Abudo Gafuro, fez uma grave denúncia sobre as violações dos direitos humanos em Cabo Delgado, alertando para os efeitos devastadores da falta de segurança e transparência nas ações das ONGs. Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, Gafuro revelou como as populações deslocadas, especialmente crianças e mulheres, estão sendo amplamente prejudicadas pela falta de assistência adequada e pela exploração sistemática em campos de deslocados.

"As violações mais comuns dos direitos humanos contra pessoas deslocadas, crianças e mulheres em Cabo Delgado incluem: 1.º Negação de acesso a condições básicas de vida, como alimentação, água potável e abrigo. 2.º Deslocação forçada das suas comunidades sem aviso prévio ou garantia de segurança. 3.º Violência física, sexual e psicológica, incluindo agressão sexual, violência de género e tortura. 4.º Restrições ao acesso a serviços de saúde e educação adequados. 5.º Exploração económica, incluindo trabalho forçado e tráfico de seres humanos. 6.º Discriminação com base na religião, raça, género ou outras características pessoais", afirmou Gafuro, destacando os principais abusos sofridos por estas populações vulneráveis.

O ativista sublinhou que essas violências não acontecem apenas por falta de recursos, mas também devido à gestão ineficaz e à falta de comprometimento de algumas organizações humanitárias. Ele alertou que a falta de credibilidade no processo de registo das vítimas está dificultando o acesso à ajuda.

"Às instituições internacionais pecam na seleção de pessoal para o processo de trabalho de registo das vítimas. É um processo que tem lacunas de credibilidade em termos de seleção dos beneficiários, refiro-me a vítimas da insurgência. É preciso que haja uma estratégia de comunicação com as vítimas porque o verdadeiro beneficiário tem sido muito castigado para se comunicar com os tais homens de registo", denunciou.

Além disso, Gafuro também criticou a exploração das vítimas, especialmente em situações onde a ajuda humanitária se transforma em moeda de troca para favores sexuais.

"O que se verifica é violação de regras de conduta e princípios de boa fé. Só por causa de um saco de arroz há muita coisa que acontece para poder beneficiar as vítimas. Chega a cobrar sexo ou troca de favores sexuais para poder constar na lista dos beneficiários de apoio", revelou o ativista, destacando como a vulnerabilidade das mulheres e crianças está sendo manipulada de maneira cruel.

"Há exemplos concretos de raparigas e adolescentes que engravidaram sem sequer pensar nas consequências negativas que o futuro irá lhes causar. Há famílias que estão a viver com traumas e medo de denunciar os atores por causa de ameaças que são feitas. E o silêncio lhes consome", afirmou Gafuro, destacando a devastação emocional que essas práticas abusivas causam às vítimas. Ele mencionou que, além da exploração sexual, muitas dessas jovens vítimas ficam marcadas para toda a vida, muitas vezes sem esperança de um futuro melhor.

O ativista também fez duras críticas à ostentação de alguns agentes humanitários, que vivem em condições luxuosas enquanto a população deslocada sofre.

"Eu acho que é uma oportunidade para os atores que estão envolvidos. Antes, víamos muitos deles não tinham o luxo de vida que hoje têm. Andam com carros de topo de gama e alta cilindrada, comprados com o dinheiro desviado de ajuda humanitária ou assistência humanitária. Será que recebem tanto salário que justifique, em menos de um ano, ter uma viatura?", questionou Gafuro, levantando sérias dúvidas sobre a ética e a honestidade de alguns envolvidos no processo humanitário.

Abudo Gafuro fez um apelo para que as ONGs e as instituições envolvidas nas ações humanitárias em Cabo Delgado comecem a trabalhar de forma mais transparente e responsável.

"Às instituições que trabalham nos centros ou campos de deslocados internos, precisam de respeitar os valores morais e éticos. É preciso responsabilizar os infractores e mostrar que é possível", afirmou, destacando a importância de se adotar práticas humanitárias que não apenas ajudem, mas que respeitem a dignidade e os direitos das vítimas.

Outro ponto levantado por Gafuro foi a necessidade de envolver mais jovens locais no processo de ajuda humanitária, garantindo que as comunidades não se sintam excluídas.

"É importante que haja envolvimento de jovens das comunas para não se sentirem excluídos. Há coisas que não posso falar nestes fóruns por temer pela minha segurança e pela integridade da minha família", revelou, refletindo sobre a exclusão social que afeta os jovens locais e sua falta de acesso a oportunidades de trabalho nas organizações humanitárias.

Por fim, Gafuro reafirmou a importância de garantir segurança como prioridade para resolver os problemas enfrentados pela população deslocada.

"O que se pôde fazer é segurança. Basta garantir a segurança e a paz, e tudo será resolvido, possivelmente com desenvolvimento local, regional e nacional. Vias de acesso para a circulação de pessoas e bens só são possíveis com segurança e vias em condições para transitabilidade", concluiu.

A denúncia de Abudo Gafuro levanta questões críticas sobre a forma como a ajuda humanitária está sendo conduzida em Cabo Delgado e faz um apelo urgente para que as organizações envolvidas no processo revejam suas práticas, assegurando que os direitos das vítimas, especialmente mulheres e crianças, sejam devidamente respeitados e protegidos. (x)

Por: António Bote

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