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Ivan

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Os turistas estrangeiros em visita à cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado, estão a ser aliciados por vendedores ilegais para comprarem rubis extraídos de forma clandestina. A denúncia é da Montepuez Ruby Mining (MRM), empresa que opera no posto administrativo de Namanhumbir, no distrito de Montepuez, que apela ao fim desta prática e pede ação por parte das autoridades.

Num comunicado recente, a MRM alerta que “os vendedores ilegais de rubis estão a trabalhar em pontos turísticos de Pemba e cooperam com turistas estrangeiros vendendo-lhes rubis extraídos ilegalmente, em hotéis bem conhecidos de Pemba”.

A empresa denuncia ainda que há registos de extorsão por parte de agentes ligados às autoridades, que ameaçam os turistas que compram pedras ilegais. “Para além do pagamento excessivo de rubis de má qualidade e extraídos ilegalmente, há relatos de certos membros cúmplices das autoridades que extorquem dinheiro aos turistas ao ameaçá-los por comprarem rubis ilegais”, lê-se no comunicado, citado pela AIM.

A situação, segundo a empresa, já foi comunicada às instâncias competentes em várias esferas de governação. “Este assunto já foi partilhado com as autoridades a nível distrital, provincial e nacional na esperança de que sejam tomadas medidas mais proactivas contra aqueles que estão a financiar, facilitar e encorajar o comércio ilegal de rubis moçambicanos”.

A MRM considera que esta atividade prejudica significativamente a economia nacional. “A venda ilegal de rubis prejudica a economia de Moçambique e o seu povo, uma vez que priva o país das tão necessárias receitas fiscais provenientes dos recursos minerais”, destaca a nota.

A Montepuez Ruby Mining é detida em 75% pela empresa britânica Gemfields e em 25% pela moçambicana Mwiriti Limitada.

Em paralelo, o Governo moçambicano tem vindo a intensificar o controlo sobre o setor mineiro em Cabo Delgado. No ano passado, pelo menos 200 das 595 licenças mineiras atribuídas na província foram retiradas, por falta de uso ou investimento por parte das empresas concessionárias. (x)

Por: António Bote

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Os moradores do distrito de Muidumbe, provincia de Cabo Delgado, denunciaram, esta quarta-feira (11), alegadas irregularidades no processo de distribuição de apoios humanitários. Em entrevista à Zumbo FM Notícias, os residentes queixaram-se de exclusões injustificadas, registos inconsistentes e falta de clareza nas listas de beneficiários.

Amilton Adamo, um dos entrevistados, afirmou que o número de pessoas assistidas tem vindo a diminuir, mesmo quando o apoio chega às comunidades.

“Apoio antes chegava conforme, agora quando vem, torna difícil em toda gente receber, cada vez mais o número dos beneficiários está reduzir”, disse.

Adamo relatou ainda casos de nomes de pessoas que aparecem como tendo recebido ajuda, mesmo sem o terem feito.

“Mas, aqui sempre há alguma coisa que não anda bem. Muitas vezes mesmo sem receber apoio, alguém recebe por nós, nome sai que você recebeu enquanto não recebeu, às vezes eles falam que na lista não tem teu nome enquanto isso eles levaram o nome. É isso que acontece muitas vezes aqui”, acrescentou.

Outro residente, que preferiu o anonimato, disse que reclamações feitas pelos cidadãos não têm surtido efeito.

“Mesmo você ir reclamar, não muda nada, se são eles que fazem isso”, referiu.

Rachid Armindo, também residente de Muidumbe, descreveu o processo de registo como ineficiente e questionou a transparência na fase da entrega dos produtos.

“Quando um grupo de apoio, primeiro passa nas casas, a fazer registro, e depois vão. O dia que vem o produto, muitas pessoas que estão na lista não recebem, às reclamações não param, nem hoje, nem amanhã. Isso não sei que faz. Se é o governo ou não, porque o registro passa casa em casa, mas quando vem o produto, muitas populações não recebem, apenas são poucas pessoas que recebem”, explicou.

Armindo denunciou ainda alegada discriminação com base em filiação política.

“Isso pior ainda quando é um político da oposição, chegam em casa para registrar e quando chegam lá fora do quintal, colocam risco em frente do nome, e quando chega o dia de receber, você pergunta, há-de ouvir que já recebeu. A pergunta é: quem assina nos nomes das pessoas que não receberam?”

 Contactado pela Zumbo FM Notícias nesta quinta-feira, 12 de Junho, o administrador do distrito de Muidumbe, João Casimiro, disse não ter conhecimento das situações relatadas.

“Não tenho está informação de que às pessoas são alistadas, mas que não recebem apoio”, declarou.

O administrador orienta os cidadãos a dirigirem-se aos seus serviços para que os casos sejam averiguados.

“Eu recomendo às tais pessoas para poderem vir ter comigo para eu mandar investigar”, apelou.

Questionado sobre os mecanismos de transparência no processo de distribuição de apoios, João Casimiro explicou: “Nós temos aqui SDPI que é o representante do INGD, temos às agências que trabalham nas comunidades em parceria com o governo, então nós nunca tivemos essas denúncias.”

Muidumbe é um dos distritos da província de Cabo Delgado que tem sido alvo dos ataques terroristas. (x)

Por: António Bote

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As receitas provenientes do projecto de gás natural Coral Sul, situado na Bacia do Rovuma, no distrito de Palma, província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, poderão representar cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2025. A informação foi avançada por Claudio Descalzi, Presidente Executivo da multinacional italiana ENI, que lidera o consórcio responsável pela implementação do projeto.

“As projeções indicam que este projeto poderá contribuir com até 70% para o crescimento do PIB de Moçambique”, afirmou Descalzi, citado num comunicado oficial divulgado pela Presidência da República.

A nota foi tornada pública após uma audiência realizada na quarta-feira, 11 de julho de 2025, entre o Presidente da República, Daniel Chapo, e o CEO da ENI, em Maputo.

Em 2024, o Coral Sul já havia contribuído com aproximadamente 50% para o PIB do país, evidenciando o seu impacto estrutural na economia moçambicana. A produção de gás natural liquefeito (GNL), efetuada a partir de uma unidade flutuante offshore (FLNG), posiciona Moçambique como um novo e promissor polo energético a nível global.

A ENI já aplica esse modelo de desenvolvimento energético em mais de seis países africanos e pretende replicá-lo em Moçambique, com uma abordagem focada na parceria estratégica com o Governo e no desenvolvimento sustentável.(x)

Por: Bonifácio Chumuni

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A Delegação Provincial do Fundo de Estradas em Cabo Delgado acumula dívidas milionárias com empreiteiros locais, provocando o encerramento de várias empresas no sector da construção civil na província, conforme denunciam representantes da classe.

Estima-se que mais de 200 empreiteiros que atuam na região, sendo que cerca de metade deles acumula dívidas milionárias junto ao Fundo.

Presidente da Associação dos Empreiteiros de Cabo Delgado, Murchid Abdul Razak, revelou que essas dívidas persistem há mais de cinco anos sem qualquer explicação clara ou previsão de pagamento.

“Temos empresas que concluíram obras há três, quatro e até cinco anos, e até hoje não receberam um centavo. Isso sem qualquer comunicação oficial sobre o motivo desse atraso”, afirmou Razak em entrevista exclusiva.


Segundo ele, a falta de transparência das autoridades responsáveis agrava o problema e dificulta o panejamento das empresas.

“É fundamental que haja clareza para que possamos tomar decisões, mas infelizmente isso não acontece”, lamentou.

O impacto da inadimplência do Fundo de Estradas é sentido diretamente no sector empresarial local. Muitas empresas não resistiram à pressão financeira e foram obrigadas a fechar suas portas.

“Muitas delas faliram porque não conseguiram suportar os custos operacionais e investimentos exigidos pelos projetos executados”, explicou Razak.

Apesar das dificuldades, os empreiteiros locais mantêm-se ativos no mercado, confiando numa solução por parte do Governo. “Mesmo com essas dívidas, continuamos a participar das licitações e acreditamos que o Estado tomará as medidas necessárias para corrigir essa situação”, garantiu o presidente da associação.

Razak frisou que o Fundo de Estradas é uma das entidades estatais com maior volume de dívidas pendentes e pediu maior responsabilidade na gestão dos recursos públicos. “É urgente que haja uma intervenção para proteger as empresas locais e garantir o avanço das obras na província”, concluiu.

A Zumbo FM Notícias está a investigar a fundo a questão das dívidas do Estado aos empreiteiros. A equipa de reportagem procura apurar o montante total em meticais que está por pagar, as razões por detrás do acumular destas dívidas milionárias, e de que forma esta situação tem afetado negativamente as empresas, comprometendo a sua sustentabilidade e o cumprimento dos seus compromissos.(x)

Por: Bonifácio Chumuni

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Empreiteiros da província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, queixam-se das agências das Nações Unidas, acusando-as de promoverem uma política sistemática de exclusão das empresas locais no processo de reconstrução da região.

Trata-se de uma denúncia contra o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Escritório das Nações Unidas para Serviços de Projetos (UNOPS) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) a primeira com maior peso no envolvimento do processo, entre outras entidades responsáveis pela execução de obras públicas desde o lançamento do Plano de Reconstrução, em outubro de 2021.

As queixas foram tornadas públicas esta terça-feira (11.06.2025), em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, pelo presidente da Associação dos Empreiteiros de Cabo Delgado, Murchid Abdul Razak, que falou em “exclusão inteligente” e criticou a falta de transparência no processo de adjudicação de obras.

“Na verdade, neste processo de reconstrução, não é apenas o Governo que é protagonista. Posso até dizer que o Governo tem pouca influência direta. Quem está à frente do processo são as organizações não-governamentais, e em grande número. Temos o PNUD, UNOPS, UNICEF, Fundo das Nações Unidas para a População, Fundo das Nações Unidas para a Habitação... São muitas organizações a operar em Cabo Delgado.”

Segundo Razak, entre 80% e 90% das empreitadas em curso são entregues a empresas de fora da província, muitas das quais estrangeiras, que se estabelecem temporariamente na região para executar os projectos e partem sem deixar qualquer rastro de envolvimento local.

“Temos sérios problemas com essas organizações, enquanto empreiteiros locais. O que se assiste neste momento é que os empreiteiros locais estão apenas a assistir, e não a participar. Estimamos que 80% a 90% das empresas que executam obras em Cabo Delgado são de fora da província. Vêm, instalam-se e realizam os projetos. Muitas vezes, vemos apenas as placas das obras, sem saber como foi feito o processo. Nos distritos, deparamo-nos com obras em curso.”

A situação, segundo os empreiteiros, é agravada pela alegada falta de vontade institucional para corrigir o desequilíbrio. Reuniões formais foram realizadas com as agências denunciadas, mas, até ao momento, sem resultados concretos.

“Os empreiteiros reclamam dessa exclusão. Já tivemos várias reuniões com o UNOPS, PNUD e OIM, mas não estamos a ver melhorias concretas. É precisamente agora que o Governo deveria intervir. Se não está a financiar diretamente essas obras, então deveria supervisionar essas organizações e defender os empreiteiros locais. O Governo deve mostrar que está contra o que essas agências das Nações Unidas estão a fazer.”

A denúncia ganha força num contexto em que se esperava que a reconstrução de Cabo Delgado servisse, além da recuperação física das infraestruturas, como um motor de desenvolvimento econômico para os empresários locais muitos dos quais também afetados pela guerra e deslocações forçadas.

Razak finaliza com um desabafo que expõe o sentimento de abandono vivido pela classe:

“Na verdade, estamos a lutar sozinhos.”

A Zumbo FM Notícias tentou, até ao fecho desta edição, obter uma reação oficial por parte das agências citadas, bem como das autoridades governamentais provinciais, mas não obteve resposta.(X)

Por: Bonifácio Chumuni

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O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) alertou que a ajuda humanitária destinada à zona norte de Moçambique teve uma queda de 17% até abril do ano em curso.

De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, até abril de 2025, apenas 664.000 pessoas foram assistidas, o que representa uma redução em relação ao período homólogo de 2024, em que foram assistidas 802.000.

“A operação humanitária em Moçambique enfrenta grandes contratempos. Até o final de abril de 2025, apenas 664.000 pessoas – cerca de 61% da população-alvo em Cabo Delgado – haviam recebido alguma forma de assistência, representando uma queda de 17% em relação às 802.000 pessoas alcançadas no mesmo período em 2024”, refere o relatório da OCHA, citado pela DW.

A organização das Nações Unidas esclareceu que a redução se deve a um declínio mais amplo na capacidade operacional.

“O financiamento caiu quase 12%, de 52 milhões de dólares em 2024 para 46 milhões de dólares, enquanto o número de parceiros humanitários caiu drasticamente – de 66 para apenas 48, uma redução de 35%”, detalha o relatório.

O OCHA destacou, por outro lado, os progressos alcançados nos últimos meses, nomeadamente através do Cluster de Segurança Alimentar e Meios de Subsistência, mecanismo de coordenação humanitária gerido pelas Nações Unidas, particularmente na área de ajuda alimentar.

“No entanto, devido à escassez de financiamento, as distribuições de alimentos ocorreram a cada dois meses e fornecem apenas 39% da ingestão calórica necessária ao beneficiário. Quando a ajuda alimentar é excluída da análise, o número de pessoas beneficiadas cai para 245.000”, esclareceu.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários refere ainda que a situação se complica quando se considera a assistência multissetorial, onde apenas 188.000 pessoas receberam apoio simultâneo em saúde, higiene e abrigo, “enquanto 162.000 crianças beneficiaram de serviços de educação, nutrição e proteção à criança”.

Por: Bonifácio Chumuni

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A juventude de Cabo Delgado ainda enfrenta grandes dificuldades para conseguir emprego, e a corrupção tem sido apontada como um dos principais obstáculos. Em entrevistas à Zumbo FM Notícias, alguns jovens da residentes em Pemba demonstraram frustração com a falta de oportunidades e relataram que, ao buscar emprego, muitas vezes se deparam com exigências de pagamento para garantir uma vaga o que, para quem não tem recursos, abre caminho para práticas como o suborno.

Fernando Atanásio Assamo explicou que as oportunidades são escassas e que a corrupção impede que os reais problemas da juventude sejam resolvidos.

"As oportunidades são poucas. Podem até existir, mas as pessoas que estão à frente não fazem por concretizar aquilo que é a nossa realidade."

Assamo acredita que o diálogo entre governo e juventude pode ser uma solução eficaz:

"A princípio, diria que é a corrupção o principal problema. Para melhorar, é preciso haver diálogo entre o governo e os jovens. Conversar é a forma de mudar essa situação."

Outro jovem, Válio Cussuaio, considera que o sistema atual nega espaço aos recém-formados, deixando-os sem perspectivas após anos de formação.

"Há falta de oportunidades porque o próprio governo, tanto ao nível central como provincial, não admite novos membros. Nos últimos cinco anos, quem sai de uma escola técnica ou universidade fica de braços cruzados. E as poucas escolas técnicas que temos ainda não são suficientes."Disse

Para ele, a corrupção está no centro do problema:

"O que traz todo esse desafio é a corrupção acentuada. A nossa província atingiu um nível alarmante, onde cada oportunidade tem um preço. Tudo exige pagamento."Relatou

Válio sugere medidas concretas.

É preciso combater a corrupção. Aquele cabrito que come onde está amarrado deve ser desamarrado. Também é urgente abrir vagas na polícia, na educação, na saúde e em outras áreas.”disse

Binasira Abdulai, também jovem residente em Cabo Delgado, relata que, apesar de ter concluído a formação, continua desempregada há anos. Ainda assim, mantém a esperança.

“Enfrentamos várias dificuldades, principalmente com o emprego. Muitos de nós concluímos a formação, mas mesmo tentando, não conseguimos nada. Às vezes nos pedem dinheiro para conseguir um trabalho. Ainda assim, não desistimos. Temos energia e esperança.

Ela clama por mudanças concretas.

"Desejo que a corrupção acabe. Quando procuramos emprego, ninguém deveria pedir dinheiro. Dizem: ‘traz 50 mil para conseguires o emprego’. Isso precisa mudar. Queremos apoio para iniciar negócios. Temos ideias e vontade, mas faltam oportunidades." Relatou. (x)

Por: Zumbo FM Notícias

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Um membro da Força Local foi morto e a sua arma do tipo bazuca foi recuperada por insurgentes no distrito de Muidumbe, na província de Cabo Delgado, durante um ataque ocorrido entre a noite de sábado (7) e a madrugada de domingo (8).

De acordo com fontes seguras da Zumbo FM Notícias a partir do distrito, o ataque aconteceu em Magaia, numa zona que separa os distritos de Muidumbe e Mocímboa da Praia.

"Isso é em Magaia, essa via que separa entre Muidumbe e Mocímboa da Praia, tem alguns acampamentos aí, então, é nesta parte que eles atacaram. [...] Um homem da Força Local, foi arrancado uma arma bazuca e depois foi morto", relatou uma das fontes, nesta terça-feira, 10 de Junho de 2025.

Outra fonte, também ouvida pela Zumbo FM Notícias, confirmou a mesma versão dos acontecimentos.

"Foi arrancado uma arma bazuca pelos insurgentes, foi matado e eles foram. Isso aconteceu na noite de sábado para madrugada de domingo. Lá não se dormiu."

Ainda segundo a mesma testemunha, o membro da Força Local terá sido o primeiro alvo dos disparos.

"Quando eles entraram, começaram a disparar, então este homem da Força Local, que estava de bazuca queria tentar enfrentar os insurgentes, logo ele foi o primeiro a morrer."

Contactado pela Zumbo FM Notícias, o Chefe das Relações Públicas do Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), António Pedro Domingos, disse que poderá se pronunciar sobre o assunto oportunamente.

Este ataque surge dias após relatos de movimentações de insurgentes na zona norte da província. Numa reportagem anterior da Zumbo FM Notícias, o Administrador de Mocímboa da Praia, Sérgio Cipriano, confirmou a movimentação de terroristas no dia 4 de Junho de 2025, entre os rios Quinhevo e Muela, nas proximidades do distrito de Muidumbe. (x)

Por: António Bote

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Um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM), destacado no distrito de Palma, província de Cabo Delgado, está a contas com a justiça após ter disparado contra o suposto amante da sua esposa, resultando na morte deste. O incidente ocorreu no dia 5 de junho e envolveu o uso de uma arma de fogo do tipo AK-47.

A informação foi partilhada por Aniceto Magome, chefe das Relações Públicas do Comando Provincial da PRM em Cabo Delgado. Segundo ele, o agente de 30 anos estava escalado para o serviço naquela noite, mas abandonou o posto e dirigiu-se à sua residência. Ao não encontrar a esposa em casa, iniciou buscas pelas casas das amigas dela. Em uma dessas residências, encontrou a esposa em ato sexual com outro homem e, após uma breve discussão, disparou contra o indivíduo.

"O caso de homicídio agravado ocorreu na noite do dia 5 de junho, no intervalo das 22 horas e as 23 horas, onde um membro da Polícia da República de Moçambique (PRM), de 30 anos, que se encontrava devidamente escalado, este teria abandonado o respectivo posto tendo digirido-se à residência, onde, ao chegar, constatou que a esposa não se encontrava lá. Acabou por efectuar alguma diligência ou alguma procura na residência das amigas, tendo encontrado, numa das residências, a esposa a manter relações sexuais com um cidadão de 27 anos de idade. Houve uma discussão entre o membro e o finado e, infelizmente, o membro da PRM efectuou um disparo com uma arma de fogo do tipo AK-47 que atingiu mortalmente o finado", avançou.

De acordo com Magome, uma equipa composta pela PRM, SERNIC e profissionais de saúde foi enviada ao local para realizar os trabalhos periciais. O óbito foi confirmado no local, e o agente encontra-se detido.

"Uma equipa multissectorial foi destacada para o local, composta pela PRM, SERNIC e a saúde, tendo concluído que este indivíduo acabou perdendo a vida resultante desse ferimento, contraído por um projétil. Foi lavrado o áudio de denúncia e, neste momento, o membro encontra-se detido", disse Aniceto Magome.

Ainda no distrito de Palma, foi registado um outro caso de homicídio agravado no dia 1 de junho, por volta das 11 horas, no bairro Quinlaue. Um cidadão de 33 anos simulou um depósito junto a um agente de transações de moeda eletrónica, recebeu a confirmação do envio e fugiu sem entregar o dinheiro.

Ao perceber a burla, o agente solicitou ajuda a jovens que se encontravam nas proximidades. O grupo perseguiu o suspeito e acabou por agredi-lo até à morte.

"Ocorreu no dia 1 de junho, pelas 11 horas, no bairro Quinlaue, onde, segundo declarações de testemunhas, o finado de 33 anos de idade dirigiu-se a um agente de transição de moeda eletrónica, simulou um depósito e, imediatamente, colocou-se em fuga após receber a confirmação do depósito sem antes entregar o dinheiro ao agente de transição de moeda eletrónica. Esse agente acabou solicitando ajuda, tendo encontrado um grupo de jovens que se encontravam nas imediações. Perseguiram o finado e agrediram-no até à morte", disse.

A PRM informou que diligências estão em curso para identificar e responsabilizar os envolvidos. O caso foi encaminhado ao Ministério Público.

"Uma equipa multissectorial foi composta para deslocar-se ao local, onde fez a respectiva perícia, e foi lavrado o áudio de denúncia. Há diligências em curso para a neutralização do indivíduo e o áudio foi remetido ao Ministério Público", concluiu Aniceto Magome, chefe das Relações Públicas. (x)

Por: Esperança Picate

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O Chefe da Repartição de Produção e Sanidade Vegetal na Direção Provincial de Agricultura e Pesca em Cabo Delgado, Paulino Paulo, afirmou nesta sexta-feira, 06 de Junho de 2025, em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, que milhares de famílias foram obrigadas a abandonar as suas terras de cultivo devido à instabilidade provocada pelo conflito armado na região.

"Aproximadamente são 160 mil famílias que perderam às suas terras de cultivo devido à insegurança. Estamos a falar de uma área de 128 mil hectares, mas com o retorno essas áreas tendem a melhorar porque algumas já estão a voltar", disse.

Segundo o responsável, há distritos particularmente mais afetados no setor agrícola em consequência direta da violência armada.

"Os distritos mais afectados no sector agrícola devido à insegurança, são Mocímboa da Praia, Palma, Muidumbe, Quissanga, Nangade, Macomia, Ancuabe e Meluco, mas este último é pequeno em extensão", informou.

Apesar das dificuldades, Paulino Paulo mostra-se confiante na recuperação da agricultura familiar, principal sustento de milhares de famílias em Cabo Delgado.

"A gricultura de substâncias em Cabo Delgado, está em bom caminho, apesar de que tivemos alguns problemas com o conflito armado, onde alguns produtores tiveram que abandonar às suas áreas", garantiu.

Como resposta à crise, o governo tem criado condições mínimas para a retoma da produção nas zonas de reassentamento.

"Em termos de apoio, o governo criado centros de reassentamentos, onde esses de reassentamentos tem acesso habitacionais, também tem uma área que é para produção. Em média, estamos a falar 1.5 hectares por família, por forma que eles continuam a praticar às suas actividades agriculas", explicou. (x)

Por: António Bote

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