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O Distrito de Mocímboa da Praia, no norte da Província de Cabo Delgado, Moçambique, foi abalado na noite de sábado, quando uma patrulha militar conjunta das Forças de Defesa de Moçambique e de Ruanda foi alvo de uma emboscada na estrada 380, uma importante via que liga Palma à cidade de Pemba. O ataque ocorreu por volta das 22 horas, nas proximidades de uma ponte entre os bairros Kopeque e Nachomele, na vila de Mocímboa da Praia. A patrulha se envolveu em um ataque intenso com terroristas.
Uma bala perdida atingida mortalmente uma menina. O funeral da vítima foi realizado na manhã deste domingo, por volta das 9 horas.
Nesta troca de tiros entre as Forças Armadas e terroristas não houve registros de mortes entre os militares ou insurgentes.
Em entrevista à Zumbo FM Notícias, o Administrador de Mocímboa da Praia, Sérgio Cipriano, confirmou o incidente: “Nossa patrulha foi surpreendida por uma emboscada dos terroristas. Houve troca de tiros, mas, felizmente, não houve baixas baixas do nosso lado nem do lado dos terroristas. Infelizmente, uma bala perdida acabou atingindo uma menina, e realizamos o funeral hoje de manhã. No entanto, as atividades urbanas na cidade estão acontecendo normalmente; o comércio informal abriu, os pescadores foram ao mar, e a vida segue seu curso.” - disse o Administrador de Mocímboa da Praia, Sérgio Cipriano.
Apesar do regresso à normalidade na vila de Mocímboa da Praia, o incidente levanta novas preocupações sobre a segurança na região, que já foi palco de diversos episódios de violência. A população permanece em estado de alerta, temendo a possibilidade de novos ataques.(x)
Por: Bonifácio chumuni
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Nesta quarta-feira, 28 de agosto de 2024, durante a "Conferência sobre as Lições Aprendidas para o Futuro: Prevenção de Conflitos e Consolidação da Paz na região da SADC", o Ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, foi contundente ao afirmar que nem o Governo de Moçambique, nem a Missão da SADC (SAMIM) jamais declararam o fim do terrorismo em Cabo Delgado. Segundo Chume, a região alcançou uma estabilidade significativa em termos de segurança, mas a ameaça persiste.
"O terrorismo não foi erradicado em Moçambique, mas atingimos um nível desejável de segurança que permitiu à SAMIM iniciar a retirada de suas forças, confiantes na capacidade das forças moçambicanas de manter o controle", destacou o Ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume.
Chume sublinhou que a SAMIM continua a fornecer apoio vital em inteligência para rastrear financiadores e facilitadores do terrorismo, garantindo que a luta contra essas ameaças não seja enfraquecida.
"Recebemos apoio diário de toda a região da SADC no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, especialmente na perseguição daqueles que financiam, fornecem logística e criam condições para a continuidade do terrorismo em Moçambique. Estamos trabalhando em estreita colaboração com a região e com os países do continente", acrescentou Chume.
Apesar dos avanços, os terroristas intensificam os ataques em algumas regiões do distrito de Muidumbe, no norte de Cabo Delgado, usando bombas caseiras na estratégica Estrada Nacional 380, que liga a cidade de Pemba ao distrito de Palma. (x).
Por:Bonifácio Chumuni
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Começou ontem, segunda-feira, 26 de agosto de 2024, a 59.ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), que se estenderá até 1 de setembro, no Centro Internacional de Feiras e Exposições de Ricatla, no Município de Marracuene, Província de Maputo. Considerado um dos maiores eventos de promoção comercial em Moçambique, a feira contará com expositores de diversos setores da economia nacional e internacional. A abertura foi presidida pelo chefe de Estado.
São esperados mais de 3.300 expositores, incluindo 2.300 empresas nacionais, 26 representações de países e 750 empresas estrangeiras, além de um público superior a 65 mil visitantes. Organizada pela Agência de Promoção de Investimentos e Exportações (APIEX), a FACIM tem como objetivo fomentar parcerias e promover as potencialidades econômicas de Moçambique.
Sob o lema “Industrialização: Inovação e Diversificação da Economia Nacional”, a FACIM 2024 foca na promoção de exportações e na exploração de oportunidades em mercados internacionais. A feira também visa fortalecer parcerias entre empresários nacionais e estrangeiros, com especial atenção à internacionalização da economia moçambicana, especialmente das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) nos setores prioritários, como agro-negócios, indústria, recursos minerais, energia, turismo e infraestruturas de logística.
Por Bonifácio Chumuni
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O Presidente da República, Filipe Nyusi, deu um passo decisivo na luta contra a criminalidade em Moçambique ao lançar, nesta sexta-feira, (23.08.2024), em Maputo, a primeira pedra do Centro Integrado de Informação do Ministério do Interior (MINT). Este novo centro é uma parte essencial do ambicioso Sistema de Informação de Gestão de Emergência, que visa transformar a capacidade de resposta das Forças de Segurança do país.
Nyusi destacou que, embora o Centro não elimine completamente crimes como raptos, tráfico humano, drogas, imigração ilegal, terrorismo, contrabando e branqueamento de capitais, ele será uma ferramenta poderosa no combate à criminalidade transnacional e organizada que afeta o país.
“Ninguém pode afirmar que este projeto veio para acabar com o terrorismo ou eliminar raptos e branqueamento de capitais. No entanto, ele marca um ponto de virada, sendo uma ferramenta estratégica para unir forças e encontrar soluções eficazes”, declarou o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi.
Concebido em 2015 com o apoio do governo sul-coreano, o projeto finalmente está em andamento após anos de incertezas e desafios financeiros. Com um investimento superior a 11 milhões de dólares, financiado pela Coreia do Sul, o centro será equipado com tecnologia digital de ponta, modernizando as operações da Polícia da República de Moçambique, (PRM), do Serviço Nacional de Salvação Pública (SENSAP), e do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC).
Entre as inovações, destaca-se a expansão do sistema automático de verificação de impressões digitais do SERNIC para a Província de Nampula, além da modernização dos processos de atendimento em Maputo, Matola e Nampula.
“O projecto visa incluir tecnologia digital de ponta para aperfeiçoar os processos de entendimento dos pedidos dos cidadãos endereçados à polícia nas cidades de Maputo, Matola e Nampula. Inclui a expansão do sistema automático de verificação de impressões digitais do SERNIC para a Província de Nampula”, referiu.
As obras estão previstas para serem concluídas até o final do próximo ano.(x)
Por:Bonifácio Chumuni
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A População do distrito de Muidumbe, localizado no norte da Província de Cabo Delgado, Moçambique, enfrenta uma crise de fome severa como consequência direta do extremismo violento que tem devastado a região nos últimos anos.
O Administrador de Muidumbe, João Casimiro, revelou em entrevista à Zumbo FM Notícias, nesta quarta-feira, 21 de agosto de 2024, que a sobrevivência das famílias locais depende quase exclusivamente dos apoios de parceiros internacionais. No entanto, esses recursos são frequentemente insuficientes para atender às necessidades básicas da população. Ele destacou que a insegurança alimentar é uma preocupação crescente, uma vez que a comida distribuída não chega a todas as famílias de maneira adequada.
Casimiro explicou que o governo, ciente da gravidade da situação, está trabalhando intensamente para mobilizar mais apoio junto aos parceiros. O objetivo é garantir a autossuficiência das famílias por meio da distribuição de insumos agrícolas essenciais, como sementes e ferramentas.
“A segurança alimentar ainda não está garantida. Estamos dependendo muito dos apoios dos parceiros, mas a comida que recebemos não é suficiente. Por isso, nossa prioridade agora é assegurar que as famílias tenham os meios para cultivar seus próprios alimentos. Estamos pedindo aos nossos parceiros para fornecer sementes, enxadas e catanas, para que a população possa produzir sua própria comida”, afirmou.
O Distrito de Muidumbe, em Cabo Delgado, tem sido palco de ataques violentos por grupos extremistas desde 2017, resultando em deslocamentos massivos e na destruição de infraestrutura. A agricultura, que era a principal fonte de subsistência da população, foi severamente impactada, agravando a situação de fome e aumentando a dependência de ajuda humanitária.
O Distrito de Muidumbe, na Província de Cabo Delgado, faz fronteira com Macomia ao leste, Mocímboa da Praia ao norte, Meluco ao sul e
Mueda ao oeste.
Esses distritos, assim como Muidumbe, também têm sido afectado pelo extremismo violento que tem assolado a região.(x)
Por: Bonifácio Chumuni
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A Chefe da Brigada Central da Frelimo para assistência a Província de Cabo Delgado, Amélia Muendane, expressou nesta quinta-feira, 22 de agosto de 2024, em Pemba, sua confiança no fim do terrorismo que assola a região.
"Estamos certos de que essa guerra, travada por homens que não mostram a sua face, chegará ao fim. Deus é poderoso para nos salvar e fazer valer o seu poder. Embora não possamos ver, acreditamos que os anjos estão do nosso lado. As orações dos nossos líderes religiosos e as energias dos nossos antepassados, que deram suas vidas por esta terra e cujas almas continuam a iluminar Cabo Delgado, nos guiarão para a transformação e para alcançar nossa verdadeira independência", declarou Muendane.
A visita de Amélia Muendane a Cabo Delgado faz parte de uma missão para avaliar o nível de preparação da Frelimo para a campanha eleitoral, que terá início em 24 de agosto de 2024.
"Estamos nos últimos dias antes do início da campanha eleitoral, e a Frelimo decidiu enviar brigadas para as bases com o objetivo de interagir e avaliar o grau de preparação para o início da campanha", afirmou Muendane. (x)
Por: Esperança Picate
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Uma investigação da Agência de Investigação Ambiental descobriu que Moçambique ultrapassou outros países africanos como o maior fornecedor de pau-rosa à China, o produto da fauna bravia mais traficado do mundo.
Moçambique eclipsou outros países africanos como o principal fornecedor de pau-rosa à China, um material cobiçado pela sua utilização em mobiliário caro.
Moçambique enviou 20.000 toneladas métricas de madeira protegida internacionalmente para a China só em 2023, apesar de uma proibição de longa data de exportação de toros. Ao fazê-lo, Moçambique ultrapassou Madagáscar, Nigéria e Senegal como a principal fonte de pau-rosa da China.
De acordo com os especialistas, esses países viram as suas reservas de pau-rosa nativo serem destruídas ou esgotadas pelas empresas madeireiras chinesas ou começaram a aplicar de forma mais rigorosa as proibições existentes em relação ao pau-rosa.
Grande parte dos madeireiros moçambicanos, tanto legais como ilícitos, fazem a colheita na província de Cabo Delgado, que continua a ser atacada pelos insurgentes da Ahlu Sunnah Wal Jamaah, que têm ligações com o grupo Estado Islâmico. Os insurgentes beneficiam financeiramente da exploração madeireira ilegal, de acordo com um relatório recente da Agência de Investigação Ambiental (EIA).
A EIA concluiu recentemente uma investigação de quatro anos sobre o contrabando de pau-rosa em Moçambique e descobriu que cerca de 30% do pau-rosa do país cresce em florestas controladas por insurgentes.
A extracção ilícita de pau-rosa contribuiu para a perda de mais de 4 milhões de hectares de cobertura florestal em Moçambique nos últimos 20 anos. O país continua a perder o equivalente a 1.000 campos de futebol de cobertura florestal todos os dias, de acordo com a Global Forest Watch.
"A hemorragia tem de parar," Alex Bloom, da EIA, disse à Voz da América. "Moçambique tem uma proibição de exportação de toros desde 2017, mas podemos ver claramente que a China — o importador de mais de 90% da madeira de Moçambique — continuou com um volume maciço de importações de toros."
Os investigadores da EIA rastrearam cerca de 300 contentores de um tipo de pau-rosa conhecido como pau-preto do porto da Beira para a China, entre Outubro de 2023 e Março de 2024. No total, os carregamentos totalizaram 10.000 toneladas métricas de pau-rosa no valor de mais de 18 milhões de dólares. Alguns dos carregamentos incluíam troncos não processados, o que violava a proibição de Moçambique de exportar qualquer tipo de toros.
A investigação da EIA concluiu que o contrabando de pau-rosa entre Moçambique e a China era impulsionado por três factores: má gestão das concessões florestais, abate ilegal de árvores e corrupção entre os funcionários portuários. Em conjunto, estes factores permitiram que a exploração madeireira ilegal crescesse sem controlo nas zonas controladas pelos insurgentes.
O pau-rosa é um termo genérico para várias espécies de árvores que produzem madeira de um vermelho intenso. A madeira é apreciada na China, onde é conhecida como "hongmu", para fazer reproduções caras de mobiliário da Dinastia Ming. O pau-rosa é o produto da vida selvagem mais traficado do mundo, representando mais de um terço de todas as espécies contrabandeadas.
As árvores estão protegidas pela Convenção das Nações Unidas sobre o Comércio Internacional das Espécies Ameaçadas de Extinção (CITES), que limita a quantidade de troncos que um país pode extrair e exportar, garantindo simultaneamente a sobrevivência das espécies. A CITES atribui aos países receptores o ónus de detectar as violações da CITES.
A China proibiu a colheita do seu pau-rosa nativo em 1998, depois de o abate descontrolado ter devastado as reservas locais. As empresas madeireiras chinesas voltaram-se rapidamente para África, começando pela Gâmbia em 2001. No espaço de uma década, o pau-rosa da Gâmbia foi declarado extinto. Apesar disso, a Gâmbia continuou a exportar o pau-rosa, grande parte do qual colhido ilegalmente no Senegal.
Em 2017, o então Ministro do Ambiente de Moçambique, Celso Correia, afirmou que a exploração madeireira ilegal custava ao seu país meio bilhão de dólares por ano em receitas perdidas. Uma acção de fiscalização em 120 parques de madeiras detectou operações ilegais em mais de metade deles.
Moçambique tem trabalhado para acabar com a exploração madeireira insustentável e ilícita, impondo várias proibições de corte e exportação de toros há mais de 20 anos.
"Apesar destas múltiplas camadas de protecção, a pilhagem da floresta continua, uma vez que os comerciantes de madeira traficam a madeira explorando a instabilidade crónica e a corrupção em Cabo Delgado," escreveram os investigadores da EIA no seu relatório intitulado "Shipping the Forest".
Os comerciantes chineses contornam as proibições de exportação, em parte, misturando o pau-rosa comprado em Cabo Delgado com outros troncos legais em contentores de transporte, de acordo com a EIA. Também rotulam incorrectamente o conteúdo dos contentores de transporte para esconder os carregamentos de pau-rosa.
Se forem devidamente aplicadas, as proibições de exportação de madeira são fundamentais para proteger as florestas e sustentar os meios de subsistência, de acordo com Raphael Edou, director do programa de África na EIA.
"Moçambique deve reforçar as suas protecções florestais através da aplicação dos seus próprios regulamentos, e a China e as companhias transportadoras globais devem respeitar as leis moçambicanas e investigar os maus actores que as violam sistematicamente."(x)
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O Governo da Província de Niassa, a classe de jornalistas do país e, em particular, do Niassa, receberam com grande tristeza a notícia do falecimento de Felismino Patrício Jamissone, ocorrido na noite de 19 de agosto de 2024, no Hospital Rural de Cuamba, vítima de doença.
Felismino Jamissone, também conhecido como Felismino Chinese, desempenhou um papel de destaque e importância significativa no setor de imprensa. Entre 2010 e 2021, atuou no Gabinete do Governador de Niassa, e após sua transferência para o Gabinete do Secretário de Estado na Província de Niassa, continuou a exercer um papel fundamental na comunicação institucional. Em 2023, foi destacado para o Instituto de Comunicação Social (ICS) em Lichinga.
A Governadora da Província de Niassa, Elina Judite da Rosa Victor Massengele, expressou sua profunda consternação pela perda: "Foi com profunda mágoa, dor e consternação que recebemos a notícia do desaparecimento físico do nosso antigo colaborador. À família enlutada, endereçamos as nossas mais sentidas condolências. Que Deus dê à sua alma o descanso eterno.”Lê-se na mensagem da Governadora da Província de Niassa, Elina Judite da Rosa Victor Massengele.
A Secretária de Estado na Província de Niassa, Lina Maria da Silva Portugal, também manifestou seus sentimentos: "Foi com profunda consternação que tomei conhecimento do falecimento do jornalista Felismino Chinese, ocorrido no dia 19 de agosto de 2024, no Hospital Distrital de Cuamba, vítima de doença. Em vida, o jornalista Felismino Chinese desempenhou funções na área de Comunicação e Imagem no Gabinete do Governador e do Secretário de Estado nesta Província. Com esta partida prematura, a Província perdeu um profissional do jornalismo que ainda tinha muito a oferecer. Em nome do Conselho dos Serviços de Representação do Estado, endereço à família enlutada e a toda a classe jornalística, em particular aos seus colegas do ICS, sinceros sentimentos de pesar. Que a sua alma descanse em paz."Lê-se
A memória de Felismino Jamissone permanecerá viva no coração daqueles que tiveram o privilégio de trabalhar com ele e que foram tocados pela sua dedicação e compromisso com a comunicação e a informação. (x)
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A população da vila autárquica de Mueda, na província de Cabo Delgado, enfrenta sérios problemas com o fornecimento de água potável, uma situação que se agravou com a presença de famílias deslocadas devido ao terrorismo.
Atualmente, o abastecimento de água em Mueda é feito de forma irregular, o que não atende os mais de 217 mil habitantes da vila.
Os moradores afirmam que a crise de água está causando grande desconforto, obrigando-os a caminhar todas as manhãs em busca de um bidão de 20 litros de água, que chega a custar entre 50 a 90 meticais.
O residente Esidor Luís relatou o drama vivido em Mueda: “Quando chove em abundância, a população recorre a cisternas, mas estamos agora em um momento mais crítico, pois todos os depósitos estão sem água. Estamos tentando ir para zonas baixas, próximas a rios, para conseguir um pouco de água para sobreviver.”
Bernabem Mbula também descreveu o impacto da crise de água: “O cultivo de alimentos está sendo prejudicado porque, todas as manhãs, antes de se dirigir às machambas, a população sofre à procura de água para consumo.”
Em entrevista à Zumbo FM Notícias, o Presidente do Conselho Municipal de Mueda, Manuel Pita Alavalave, afirmou que estão sendo feitos esforços para resolver o problema. “Estudos mostram que é possível superar essa crise. É uma dificuldade que remonta há muitos anos. Com as 217.641 pessoas era difícil abastecer água ao planalto, e com o acolhimento de mais de 137 mil pessoas, a situação tornou-se ainda mais crítica”, disse.(x)
Por: Bonifácio Chumuni
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O Governador da Província de Cabo Delgado, Valige Tauabo, alertou esta terça-feira, 20.08.2024, para o aumento preocupante da mendicidade infantil e para a crise social na Província, durante a abertura do I Conselho Coordenador Provincial da Direção Provincial de Gênero, Criança e Acção Social, que decorre na cidade de Pemba.
Valige Tauabo enfatizou a preocupação do Conselho Executivo Provincial com a crescente mendicidade infantil nos centros urbanos de Cabo Delgado, acrescentando que, o fenómeno tem sido agravado pelos impactos contínuos do terrorismo.
"Como o Conselho Executivo Provincial, estamos preocupados com o fenômeno de crianças na rua e a mendicidade, que tende a crescer nos últimos tempos nos centros urbanos da nossa província, e com o aumento de casos de violência baseada no gênero, entre outros males. Temos a consciência de que os recursos de que dispomos não são suficientes para resolver todos os problemas que o terrorismo nos trouxe. Daí que fazemos votos de que os diferentes temas sugeridos para esta reunião sejam discutidos com profundidade, clareza e objetividade, propondo soluções que contribuam para mitigar as dificuldades do grupo alvo da ação social", afirmou o Governante.
Valige Tauabo afirmou ainda que o Conselho Coordenador tem como objectivo principal definir diretrizes sobre gênero, criança e acção social, avaliar o desempenho, identificar desafios e promover a inclusão, em Cabo Delgado.
"O Conselho Coordenador é a reunião magna que junta os profissionais do setor e parceiros para estabelecerem diretrizes e orientações que garantam uma melhor intervenção na área de gênero, criança e ação social. É o momento em que apreciamos os nossos planos para melhor estabelecer as prioridades e harmonizar a nossa ação assistencial. É o fórum que nos permite apreciar o nosso desempenho, de forma a verificar se alcançamos os nossos objetivos e metas, identificar os nossos constrangimentos e tomar decisões acertadas para ultrapassá-los, partilhar experiências e boas práticas no sentido de promover melhores oportunidades para os mais carenciados e a inclusão das pessoas vulneráveis em todos os processos de desenvolvimento. Este Conselho Coordenador é bastante oportuno, pois acontece no momento em que a província de Cabo Delgado ainda se recente dos efeitos do terrorismo. A fuga da população das suas zonas de origem, a perda de entes queridos que asseguravam a renda das famílias, a destruição de habitação e meios de sustento condicionaram a vulnerabilidade de muitas famílias", frisou Valige Tauabo.
Por outro lado, o Governador também realçou os avanços registados na assistência social durante o primeiro semestre deste ano.
"Notamos com satisfação os avanços que este setor está a registar na nossa província. Se tomarmos como referência o número de pessoas desfavorecidas atendidas no primeiro semestre do presente ano, assistimos 19.305 crianças de dois a cinco anos de idade nos jardins infantis privados e comunitários, integramos 36 crianças com necessidades educativas especiais no ensino, prestamos apoio psicossocial a 1.463 pessoas sobreviventes da violência baseada no gênero e garantimos pelo menos três serviços básicos para 30.171 crianças," destacou o Governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo.
Encerrando o seu discurso, Valige Tauabo apelou à colaboração contínua dos parceiros e outros atores sociais para fortalecer as acções de apoio aos mais vulneráveis na Província.
"Soluções integradas e efetivas dos parceiros e outros atores são necessárias, pois a contribuição incondicional deles é essencial e tem um peso adicional nas ações tendentes a apoiar as pessoas vulneráveis. Por isso, as nossas responsabilidades estão cada vez mais acrescidas, pois incluem a mobilização de mais parceiros para se juntarem ao governo nesta luta justa pela inclusão, igualdade de gênero e assistência à população carenciada e vulnerável. Queremos exortar no sentido de que este Conselho Coordenador adote estratégias e soluções arrojadas, a fim de terminarmos este quinquênio com bons resultados e torná-los excelentes nos próximos cinco anos," concluiu.
O evento, decorrerá nos dias 20 e 21 de agosto e tem como lema: Promovendo a inclusão na assistência social e empoderamento aos grupos vulneráveis.
O I Conselho Coordenador Provincial continuará até amanhã, com discussões centradas na melhoria da assistência social e na promoção da inclusão dos grupos vulneráveis em Cabo Delgado. (x)
Por: António Bote
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