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Ivan

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O Governo do Japão disponibilizou 10 milhões de euros (11 milhões de dólares) para reforçar a segurança e o policiamento comunitário em Cabo Delgado, província moçambicana afetada pela insurgência armada desde 2017, avançou esta terça-feira a Agência de Informação Lusa, citando um comunicado da Embaixada do Japão.

Segundo a mesma fonte, o financiamento será aplicado na reabilitação de cinco esquadras policiais, construção de 13 novas e de um posto fronteiriço, além do reforço das infraestruturas dos postos de migração. Os fundos foram entregues à Organização Internacional para as Migrações (OIM), entidade responsável pela execução do projeto.

O comunicado destaca que a iniciativa visa reforçar a capacidade das forças policiais e de migração no combate ao crime, especialmente em zonas fronteiriças, e aproximar as comunidades das autoridades locais.

Desde outubro de 2017, Cabo Delgado, uma província rica em gás natural, enfrenta ataques de grupos armados ligados ao extremismo islâmico. O conflito já provocou milhares de mortos e levou ao deslocamento de mais de um milhão de pessoas.

De acordo com recente estudo do Instituto para a Economia e a Paz (IEP) sobre o Índice Global de Terrorismo 2025. O relatório, divulgado na semana passada, aponta para uma escalada de ataques violentos na região, com um número crescente de vítimas fatais e uma intensificação da insegurança.

O Índice Global de Terrorismo (GTI), que analisa o fenômeno em 163 países, coloca Moçambique na 17ª posição, com mais de 60 incidentes, 122 mortos e 80 reféns apenas no último ano. (x)

Por: Bonifácio Chumuni

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Após ser ouvido por cerca de dez horas na Procuradoria-Geral da República (PGR), o político e ex-candidato presidencial, Venâncio Mondlane, revelou nesta terça-feira, 11 de Março de 2025, que lhe foi aplicada uma medida de Termo de Identidade e Residência (TIR). Isso implica que o político deve comunicar à PGR todas as suas movimentações, especialmente aquelas que ultrapassem cinco dias de afastamento de sua residência.

"Foi-me aplicada uma medida de limitação, que é o termo de identidade e residência. Isso significa que não posso me deslocar sem informar a Procuradoria e não posso estar ausente da minha casa por mais de cinco dias", explicou Mondlane.

Apesar de ter sido submetido ao interrogatório, o ex-candidato presidencial afirmou que não sabe qual é a acusação formal contra ele. Mondlane questionou também a imparcialidade da PGR, dado que desde o ano passado tem apresentado queixas à instituição, sem que tenha havido qualquer avanço. Em resposta, a PGR solicitou que Mondlane e sua equipa apresentem cópias dos processos para esclarecerem em que estágio se encontram.

"O encontro foi cordial, mas o curioso é que, infelizmente, não consigo responder 'qual é o crime de que sou acusado?'. Ficamos horas lá, mas não conseguiram me dizer qual é o crime", afirmou Mondlane.

Em relação aos incidentes de saques e vandalismos ocorridos recentemente, Mondlane apresentou imagens que, segundo ele, mostram polícias arrombando armazéns e depois chamando a população a recolher os produtos. Durante as dez horas de interrogatório, com o Procurador Paulo Armando, Mondlane destacou que a PGR não conseguiu especificar o crime pelo qual ele seria responsabilizado.

"Fizeram uma série de perguntas, justificando o tempo de interrogatório, mas basicamente as perguntas estavam relacionadas às manifestações, à incitação à violência, aos prejuízos à economia e aos distúrbios supostamente causados nas manifestações. Eu respondi a todas, mas sem saber qual é o crime de que sou acusado", disse o político.

 Venâncio Mondlane voltou a afirmar que o verdadeiro foco de investigação deveria ser Bernardino Rafael, então comandante da polícia durante as manifestações violentas que ocorreram no país. Segundo Mondlane, Daniel Chapo, na ocasião, teria incitado a violência ao afirmar que a polícia deveria fazer "jorrar sangue". O político acredita que tais declarações são um incentivo à violência, e lembra que, após esses comentários, membros de seu movimento foram brutalmente perseguidos e mortos, somando mais de 20 vítimas fatais, além de cerca de 411 pessoas detidas de forma ilegal ou cujos paradeiros permanecem incertos.

Em relação ao futuro, Mondlane mencionou que o processo de criação de seu partido político continua em andamento, e que, nos próximos dias, a documentação será submetida às instituições competentes. Além disso, no dia 10 de março, ao retornar de Gaberone, em Botswana, Mondlane revelou que enfrenta oito processos contra si, incluindo um que o acusa de ter causado a destruição de mais de 300 km de estradas na província de Inhambane durante as manifestações. (x)

Por: António Bote

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Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, realizada na última semana do mês passado (28.02.2025), o Director provincial do Fundo de Investimento e Patrimônio do Abastecimento de Água (FIPAG) em Cabo Delgado, Eugénio Matsinhe, afirmou que a falta constante de água na província deve-se a cortes e oscilações frequentes de energia elétrica, o que tem agravado a crise no abastecimento.

“Sofremos danos na linha de média tensão e passamos dias tentando repor a corrente. Embora tenhamos energia, registramos muitas oscilações e cortes constantes, o que impacta diretamente a nossa produção. A produção de água depende da energia elétrica, que é essencial para o nosso sistema de abastecimento. Esses fatores têm contribuído significativamente para a escassez de água aqui na cidade de Pemba”.

Matsinhe explicou ainda que a entidade tem recorrido ao uso de geradores para minimizar o problema, porém ressaltou que a medida é limitada devido aos altos custos com combustível.

“Em momentos críticos, recorremos ao uso de geradores para tentar minimizar a situação. No entanto, não conseguimos mantê-los em funcionamento por muito tempo, pois os custos para operar são elevados devido ao preço do combustível”- disse.

A entidade refere ainda, que estão sendo implementadas medidas para evitar futuras crises de abastecimento de água, incluindo a construção de infraestruturas mais resilientes para lidar com fenômenos naturais.

“Estamos a implementar medidas para evitar futuras crises, incluindo a construção de infraestruturas mais resilientes, capazes de se adaptar às condições atuais, como as mudanças climáticas, que impactam diretamente o nosso sistema”- sublinhou.

A Zumbo FM Notícias contactou o Director Provincial da Eletricidade de Moçambique em Pemba, Hermínio Assamo, que afirmou que os cortes são decorrentes das manutenções na linha, uma vez que a infraestrutura foi afectada pelo ciclone Chido, que atingiu a província a 15 de Dezembro de 2024. No entanto, estão sendo realizados trabalhos para solucionar o problema.

“Os cortes resultam das manutenções na linha, uma vez que a nossa infraestrutura foi afetada pelo ciclone Chido. Atualmente, a rede elétrica opera com instalações provisórias enquanto trabalhamos na reposição total da infraestrutura. À medida que avançamos nos reparos, há sempre a necessidade de ajustes no sistema. No caso do FIPAG, estamos a utilizar uma linha alternativa ligada à fábrica de cimento. Durante as manutenções, ao identificarmos um ponto crítico, é necessário interromper temporariamente o fornecimento para garantir a segurança dos técnicos. Já comunicamos ao FIPAG sobre essas interrupções”- justifica, Hermínio Assamo, Diretor Provincial da Eletricidade de Moçambique (EDM) em Cabo Delgado.

A província de Cabo Delgado, localizada no norte de Moçambique, tem enfrentado uma grave crise no abastecimento de água potável. A região conta com uma população estimada em cerca de 1.287.814 habitantes, dos quais 16,8% residem em áreas urbanas.(x)

Por: Nazma Mahando

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O ciclone tropical "JUDE", que evoluiu de uma depressão tropical severa, deverá enfraquecer nas próximas horas, mas a previsão é de chuvas intensas em várias regiões de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, nos próximos dias.

De acordo com o delegado provincial do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), Abdul Carimo, o ciclone poderá afetar os distritos de Pemba, Namuno, Balama, Metuge, Mecúfi, Chiure e Ancuabe.

Em entrevista exclusiva, Abdul Carimo, informou que a diminuição da intensidade do sistema está associada à redução da sua velocidade. No entanto, isso não significa o fim das chuvas fortes, que continuarão a afetar a região com precipitação acumulada de até 50 milímetros por hora. As chuvas deverão ser fracas a moderadas, localmente fortes, durante esta segunda-feira, terça-feira e quarta-feira.

O delegado provincial do INAM afirmou: "Neste momento, a depressão tropical severa que evoluiu para ciclone tropical e espera-se que enfraqueça nas próximas horas. O enfraquecimento do sistema significa a redução da sua velocidade, o que vai incrementar muita chuva. Portanto, espera-se, nas próximas horas e dias, chuvas fracas a moderadas, localmente fortes, para esta segunda-feira, terça-feira e quarta-feira, com um acumulado de 50 milímetros por hora e, em 24 horas, com tendência de abrandar no dia 13, nas primeiras horas. Isto porque, no dia 13, o sistema poderá voltar para o Canal de Moçambique e deslocar-se para o sul de Madagáscar."

O INAM continuará monitorando a evolução do sistema e recomenda à população de Cabo Delgado que se mantenha atenta às atualizações e tome as devidas precauções diante das condições climáticas adversas previstas.(x)

Por: Bonifácio Chumuni

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Devido a tempestade tropical "JUDE" as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) cancelou os voos entre Maputo e as cidades de Nampula, Nacala e Pemba. A decisão afeta passageiros que viajariam nos dias 9 e 10 de março do presente ano.

A LAM informou que os voos serão retomados assim que as condições do tempo melhorarem. "Pedimos desculpas pelos transtornos, mas a segurança dos passageiros vem em primeiro lugar", declarou a companhia, citado pela integrity.

Jude formou-se a nordeste de Madagáscar e evoluiu para tempestade tropical moderada no dia 7 de março. As autoridades seguem monitorando sua trajetória e possíveis impactos no país.(x)

Por: Nazma Mahando

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O Conselho Municipal de Pemba (CMP) realizou, na última sexta-feira, 07.03.2025, uma feira de soluções inovadoras locais com o objetivo de estimular o uso da tecnologia para enfrentar desafios em setores essenciais, como agricultura, saúde, meio ambiente, educação e empreendedorismo juvenil, visando a geração de auto emprego na província.

Durante a abertura do evento, Jackson Magido, representante do presidente do Município de Pemba, destacou a importância da iniciativa para o desenvolvimento da cidade.

"Esta feira tem como principal objetivo estimular o uso da inovação e tecnologia para resolver desafios locais, promovendo soluções criativas e sustentáveis em áreas como agricultura, saúde, meio ambiente, educação e empreendedorismo", afirmou Magido.

Esta feira não apenas incentiva a troca de conhecimento, mas também fortalece o ecossistema de inovação na cidade de Pemba e no país em geral.

"Ao oferecer este espaço de partilha e aprendizagem, acreditamos que estamos a impulsionar novas ideias capazes de transformar Pemba e gerar um impacto positivo em toda a sociedade", acrescentou Magido.

O evento também contou com a participação de entidades que atuam no apoio ao empreendedorismo jovem. Daniela Kujomãe, representante da Fundação E35, enalteceu o potencial dos jovens e a necessidade de investir neles.

"Esta iniciativa reforça a importância de investir nos jovens, oferecendo-lhes espaços de partilha, aprendizagem e conhecimento. Hoje, celebramos a criatividade da juventude de Pemba, que, apesar dos desafios, tem demonstrado que a inovação e o empreendedorismo são caminhos poderosos para transformar a província. Estamos aqui para apoiar, incentivar e tornar essas ideias realidade", afirmou Kujomãe.

A feira reuniu empreendedores locais, estudantes e representantes de instituições que acreditam na inovação como motor do desenvolvimento sustentável em Cabo Delgado. (x)

Por: Nazma Mahando

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Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, o administrador do distrito de Balama, Edson Lino, falou sobre o progresso da campanha agrícola da região e as estratégias adotadas para melhorar a segurança alimentar e o desenvolvimento econômico local. A entrevista ocorreu neste sábado, 8 de Março de 2025.

Lino iniciou destacando os avanços da campanha agrícola, considerando que a produção está a seguir um bom ritmo.

"Nós falamos sobre o decurso da nossa campanha agrícola, um dos pontos mais fortes que nós debatemos e passamos a revista o que foi o nosso plano e aquilo que está sendo a nossa campanha. Pensamos nós que vamos ter uma boa safra, visto que o crescimento das plantas está num bom ritmo e estamos felizes porque já conseguimos alcançar aquilo que é a segurança alimentar. Agora estamos a lutar para termos o excedente, o excedente para comercializarmos para outros distritos e outros mercados", disse.

Em relação à produção agrícola prevista para este ano, Edson Lino revelou que o distrito planeia atingir cerca de 350 mil toneladas de diversas culturas.

"Para este ano, nós planificamos perto de 350 mil toneladas de produção diversa. Isso agregado temos as culturas alimentares, que são o milho e as feijões. Isto já está assegurado, temos uma boa produção e o crescimento das plantas estabilizado. Mas também temos as culturas de rendimento, que são o soja, o gergelim, que são fatores de produção ao nível do nosso distrito, e temos também o feijão buere. Mas a nossa grande aposta tem sido a produção alimentar, com estas culturas principais, que são o milho e os feijões", explicou.

O administrador também abordou as iniciativas que visam melhorar o poder econômico das famílias de Balama, destacando a importância da diversificação na pecuária e avicultura.

"Nós estamos a fazer com que as nossas famílias em Balama tenham o poder econômico para além da agricultura. Nós queremos que as famílias apostem na pecuária, que é na criação de cabritos, mas também na avicultura, que é a criação de galinhas. Então isso vai fazer com que as nossas famílias tenham o poder de compra para fazer face às despesas e outras situações que exigem o pagamento de dinheiro", disse.

Sobre a problemática do roubo de cabritos, Lino revelou que a solução adotada para reduzir esse crime foi a criação de associações de criadores de cabritos.

"Havia no passado muito roubo de cabritos ao nível do nosso distrito, então, para eliminarmos o roubo de cabritos, achamos melhor criar associações de Criadores de Cabritos por cada localidade. Sendo assim, a circulação de cabritos ao nível do nosso distrito para outros distritos só vai ocorrer consoante a emissão de uma guia. Então aquele que está circulando vai ter que apresentar a guia nos postos de controle. Assim vamos reduzir os roubos de cabritos, mas também queremos que os nossos criadores comecem a produzir em grandes quantidades ao nível do nosso distrito", destacou.

Finalizando, Edson Lino fez um apelo à população de Balama para que se mantenha focada no cultivo das suas machambas.

"Apelar às nossas comunidades para se focarem no controle das suas machambas, visto que ainda estamos num crescimento positivo econômico nos nossos planos. Então seria inoportuno abandonar os campos, aqueles que estão nos campos de produção, que continuem lá até conseguirmos ter a certeza que a safra foi bem concebida. Então, é a hora de trabalhar, é a hora de arregaçar as mangas para alcançarmos aquilo que nós planificamos em termos de produção de comida, mas também em termos de produção de culturas de rendimento", concluiu. (x)

Por: António Bote

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O fundador da Organização Não Governamental Kwendeleya, Abudo Gafuro, fez uma grave denúncia sobre as violações dos direitos humanos em Cabo Delgado, alertando para os efeitos devastadores da falta de segurança e transparência nas ações das ONGs. Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, Gafuro revelou como as populações deslocadas, especialmente crianças e mulheres, estão sendo amplamente prejudicadas pela falta de assistência adequada e pela exploração sistemática em campos de deslocados.

"As violações mais comuns dos direitos humanos contra pessoas deslocadas, crianças e mulheres em Cabo Delgado incluem: 1.º Negação de acesso a condições básicas de vida, como alimentação, água potável e abrigo. 2.º Deslocação forçada das suas comunidades sem aviso prévio ou garantia de segurança. 3.º Violência física, sexual e psicológica, incluindo agressão sexual, violência de género e tortura. 4.º Restrições ao acesso a serviços de saúde e educação adequados. 5.º Exploração económica, incluindo trabalho forçado e tráfico de seres humanos. 6.º Discriminação com base na religião, raça, género ou outras características pessoais", afirmou Gafuro, destacando os principais abusos sofridos por estas populações vulneráveis.

O ativista sublinhou que essas violências não acontecem apenas por falta de recursos, mas também devido à gestão ineficaz e à falta de comprometimento de algumas organizações humanitárias. Ele alertou que a falta de credibilidade no processo de registo das vítimas está dificultando o acesso à ajuda.

"Às instituições internacionais pecam na seleção de pessoal para o processo de trabalho de registo das vítimas. É um processo que tem lacunas de credibilidade em termos de seleção dos beneficiários, refiro-me a vítimas da insurgência. É preciso que haja uma estratégia de comunicação com as vítimas porque o verdadeiro beneficiário tem sido muito castigado para se comunicar com os tais homens de registo", denunciou.

Além disso, Gafuro também criticou a exploração das vítimas, especialmente em situações onde a ajuda humanitária se transforma em moeda de troca para favores sexuais.

"O que se verifica é violação de regras de conduta e princípios de boa fé. Só por causa de um saco de arroz há muita coisa que acontece para poder beneficiar as vítimas. Chega a cobrar sexo ou troca de favores sexuais para poder constar na lista dos beneficiários de apoio", revelou o ativista, destacando como a vulnerabilidade das mulheres e crianças está sendo manipulada de maneira cruel.

"Há exemplos concretos de raparigas e adolescentes que engravidaram sem sequer pensar nas consequências negativas que o futuro irá lhes causar. Há famílias que estão a viver com traumas e medo de denunciar os atores por causa de ameaças que são feitas. E o silêncio lhes consome", afirmou Gafuro, destacando a devastação emocional que essas práticas abusivas causam às vítimas. Ele mencionou que, além da exploração sexual, muitas dessas jovens vítimas ficam marcadas para toda a vida, muitas vezes sem esperança de um futuro melhor.

O ativista também fez duras críticas à ostentação de alguns agentes humanitários, que vivem em condições luxuosas enquanto a população deslocada sofre.

"Eu acho que é uma oportunidade para os atores que estão envolvidos. Antes, víamos muitos deles não tinham o luxo de vida que hoje têm. Andam com carros de topo de gama e alta cilindrada, comprados com o dinheiro desviado de ajuda humanitária ou assistência humanitária. Será que recebem tanto salário que justifique, em menos de um ano, ter uma viatura?", questionou Gafuro, levantando sérias dúvidas sobre a ética e a honestidade de alguns envolvidos no processo humanitário.

Abudo Gafuro fez um apelo para que as ONGs e as instituições envolvidas nas ações humanitárias em Cabo Delgado comecem a trabalhar de forma mais transparente e responsável.

"Às instituições que trabalham nos centros ou campos de deslocados internos, precisam de respeitar os valores morais e éticos. É preciso responsabilizar os infractores e mostrar que é possível", afirmou, destacando a importância de se adotar práticas humanitárias que não apenas ajudem, mas que respeitem a dignidade e os direitos das vítimas.

Outro ponto levantado por Gafuro foi a necessidade de envolver mais jovens locais no processo de ajuda humanitária, garantindo que as comunidades não se sintam excluídas.

"É importante que haja envolvimento de jovens das comunas para não se sentirem excluídos. Há coisas que não posso falar nestes fóruns por temer pela minha segurança e pela integridade da minha família", revelou, refletindo sobre a exclusão social que afeta os jovens locais e sua falta de acesso a oportunidades de trabalho nas organizações humanitárias.

Por fim, Gafuro reafirmou a importância de garantir segurança como prioridade para resolver os problemas enfrentados pela população deslocada.

"O que se pôde fazer é segurança. Basta garantir a segurança e a paz, e tudo será resolvido, possivelmente com desenvolvimento local, regional e nacional. Vias de acesso para a circulação de pessoas e bens só são possíveis com segurança e vias em condições para transitabilidade", concluiu.

A denúncia de Abudo Gafuro levanta questões críticas sobre a forma como a ajuda humanitária está sendo conduzida em Cabo Delgado e faz um apelo urgente para que as organizações envolvidas no processo revejam suas práticas, assegurando que os direitos das vítimas, especialmente mulheres e crianças, sejam devidamente respeitados e protegidos. (x)

Por: António Bote

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O Administrador do Distrito de Balama, Edson Lino, revelou em uma entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, neste Sábado, 8 de Março de 2025, a crescente pressão sobre o sistema de saúde local devido ao aumento de casos de malária e diarreia. Lino destacou uma situação preocupante no Hospital Distrital de Balama, onde muitas crianças internadas estão a compartilhar camas devido à alta demanda por cuidados médicos.

"Ficamos felizes porque ainda não temos casos de cólera, são casos do aumento de diarreia e malária, mas isso verifica-se porque estamos na época chuvosa, como deve perceber, em Balama entre Outubro a Março tem chuvido bastante, e isso naturalmente acaba incrementando esses dois indicadores destas duas doenças. Mas pensamos nós que o pessoal médico está a fazer um bom trabalho. Isso traduz-se em zero mortes, isso nos encoraja bastante. Temos muitos casos a aumentar, mas numa outra vertente, temos zero mortes. Isso nos encoraja. Temos muitos pacientes internados, e estamos a usar uma cama para dois bebês. Isso é uma realidade", revelou Edson Lino, sublinhando a gravidade da situação nas unidades de saúde.

O Administrador fez questão de destacar que, embora a situação seja difícil, as autoridades de saúde estão a trabalhar para estabilizar os pacientes e reduzir o impacto dessas doenças na população. "Estamos a trabalhar para ver se conseguimos rapidamente devolver os nossos pacientes para as casas. Este é o nosso objetivo", afirmou Lino, enfatizando que o foco é devolver as crianças internadas aos seus familiares assim que a sua saúde esteja estabilizada.

Entretanto, a realidade dos internamentos tem sido desafiadora. Em muitos casos, duas crianças têm sido obrigadas a compartilhar a mesma cama no hospital devido à quantidade limitada de recursos e ao elevado número de internamentos.

"O internamento é variável. Hoje podemos ter 80 internados, amanhã podemos ter 50. Então isso é variável. Fica difícil ter um dado diário de internamento, mas o que posso dizer é que, na quinta-feira, eu visitei a nossa unidade sanitária de referência aqui na vila sede e estava com acima de 60 internados. Isso é muito", explicou Lino.

Em relação ao tratamento das crianças, o Administrador sublinhou a importância do cuidado contínuo.

"Em algum momento, se nós devolvemos as crianças para as casas, às mães não dão adequadamente as dosagens dos medicamentos às crianças. Então, nós preferimos internar aqui na unidade sanitária, principalmente no caso das crianças, estabilizarmos as doenças e devolvemos a criança ao seu familiar com saúde e com estabilidade imunológica. Esta é que a nossa missão", explicou, reconhecendo as dificuldades enfrentadas pelas famílias em garantir o acompanhamento adequado dos tratamentos em casa.

A situação no Hospital Distrital de Balama destaca o impacto significativo da crise sanitária em curso na região, exacerbada pela época chuvosa, e a pressão sobre as instalações de saúde. Embora o número de internamentos seja elevado e as crianças estejam a ser tratadas em condições adversas, a ausência de mortes é um alento para as autoridades locais. A gestão das internações e o foco no tratamento eficaz das crianças continuam sendo as principais prioridades do governo distrital.

O Distrito de Balama está localizado na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique. Geograficamente, Balama encontra-se na região central da província, sendo limitado a norte pelo Distrito de Namuno, a sul pelos Distritos de Ancuabe e Montepuez, a leste pela cidade de Pemba e a oeste pela província de Nampula.

O distrito de Balama é uma região rural e possui uma economia voltada para a agricultura, além de ser atravessado por diversas vias de acesso que conectam diferentes partes da província, incluindo a estrada principal para a cidade de Pemba. (x)

Por: António Bote

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A província de Cabo Delgado tem sido marcada por desafios significativos em termos de segurança, especialmente devido à insurgência armada que afectou diversas áreas da região nos últimos anos. O aumento da violência e os conflitos armados resultaram em milhares de deslocados e geraram um clima de insegurança em várias localidades.

No entanto, em meio a esse cenário, o Distrito de Balama tem se destacado pela tranquilidade e segurança, um reflexo do esforço conjunto entre as Forças de Defesa e Segurança e a população.

Em uma entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, neste sábado, 08 de Março de 2025, o Administrador do Distrito de Balama, Edson Lino, reafirmou a situação de segurança estável na região, destacando a cooperação entre as forças de defesa e segurança e a vigilância comunitária como fatores essenciais para garantir a paz.

"Sobre a segurança no nosso distrito, ela é tranquila. As pessoas e bens circulam normalmente porque estamos seguros. Isso é fruto da vigilância popular, do trabalho também das nossas forças de defesa e segurança, um trabalho conjunto. Temos esta alegria em dizer que o nosso distrito continua em segurança", afirmou Edson Lino, evidenciando a importância da colaboração entre os cidadãos e as autoridades para a manutenção da ordem e da segurança.

A declaração do Administrador reflete a realidade positiva do distrito, que, apesar dos desafios enfrentados pela província de Cabo Delgado, tem conseguido preservar a tranquilidade e permitir a circulação segura de pessoas e bens. O trabalho conjunto e a vigilância ativa continuam a ser fundamentais para garantir a estabilidade no local. (x)

Por: António Bote

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