De acordo com um aviso divulgado pela página do WhatsApp do Conselho Municipal de Pemba, nesta quarta-feira, 30 de abril de 2025, as obras construídas ilegalmente estão sendo demolidas devido à obstrução de vias de acesso na cidade de Pemba.
Segundo o vereador responsável pela área de urbanização, Abdulrehemane Chaca, outras áreas da cidade, que também enfrentam sérios problemas de obstrução, serão abrangidas pelas ações de demolição.
"Vamos atuar em outros bairros, principalmente no bairro de Chuiba, que também apresenta um grave problema de obstrução de ruas. Encontramos vias interditadas, o que prejudica a mobilidade, e precisamos garantir o fluxo adequado de pessoas e veículos", afirmou o vereador.
O Conselho Municipal de Pemba destaca que a liberação das vias públicas não é apenas uma opção, mas uma prioridade para a comunidade. Eles fazem um apelo à população para que utilize somente os espaços concedidos pelo CMP.
"Queremos alertar nossos cidadãos de que a liberação das vias públicas não é uma opção. A via pública deve ser uma prioridade para todos, por isso, é fundamental ocupar apenas os espaços autorizados pelo Conselho Municipal", afirmou Abdulrehemane Chaca.
Vale ressaltar que, antes da demolição, os proprietários das obras ilegais são notificados a comparecer ao CMP para apresentar documentação que comprove a legalização das construções. Caso não cumpram o prazo estabelecido, a demolição será realizada conforme o planejamento.
Por: Zumbo FM Notícias
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O Ministério da Economia anunciou, por meio de um comunicado recebido pela redação da Zumbo FM Notícias nesta terça-feira, 29 de abril de 2025, que o comércio em Moçambique passa a operar sem restrições de horário em todo o território nacional. A medida faz parte das ações de recuperação econômica adotadas pelo governo.
De acordo com o documento, o horário de funcionamento das atividades comerciais será determinado pelos próprios comerciantes, desde que respeitadas as disposições previstas no regime de horário de trabalho e nas legislações setoriais aplicáveis.
“Assim, o horário de funcionamento de qualquer atividade comercial ou de prestação de serviços é de livre determinação dos respetivos comerciantes, desde que observados os limites estabelecidos na legislação laboral em vigor, bem como nas normas específicas que regulam determinados setores da economia”, afirma o comunicado.
O ministério esclarece ainda que, para garantir a organização e o acompanhamento das atividades comerciais, os comerciantes deverão formalizar seus horários de funcionamento junto às autoridades competentes, indicando os períodos em que pretendem operar.(x)
Por: Esperança Picate
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A insegurança em Mocímboa da Praia, no norte de Cabo Delgado, atinge níveis alarmantes, com sete aldeias praticamente inabitáveis em decorrência das constantes incursões de grupos armados. A situação, que se agrava dia após dia, forçou milhares de pessoas a abandonarem suas casas e buscar refúgio em áreas mais seguras, deixando um rastro de devastação e desolação no distrito.
Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, o administrador distrital de Mocímboa da Praia, Sérgio Cipriano, falou sobre a grave crise de segurança que assola a região.
"Temos várias regiões no nosso distrito que são praticamente desertas, como Natadola, Marere, Dimala, Nakitengue, Chitolo, Nazimonja e Masiji. Nessas localidades, a população é mínima, e quem permanece lá o faz por coragem. São pessoas que enfrentam o medo diário, pois as incursões dos terroristas continuam a ocorrer com frequência", afirmou Cipriano.
As aldeias mencionadas são algumas das mais afetadas pelos ataques, que deixaram um rastro de terror. Além da constante ameaça à segurança dos habitantes, a situação também trouxe um drama humanitário, com jovens e crianças sendo sequestrados e forçados a viver sob condições desumanas.
Cipriano revelou detalhes angustiosos sobre o destino das crianças sequestradas. "É de nosso conhecimento que muitas meninas, com idades entre 14 e 15 anos, são sequestradas e forçadas a se casarem com os terroristas. Acreditamos também que algumas dessas crianças são levadas para pontos de pedágio, para depois serem devolvidas à sua comunidade. No entanto, no caso mais recente, duas pessoas sequestradas não retornaram e, infelizmente, acreditamos que foram assassinadas", contou o administrador.
Mocímboa da Praia é um distrito localizado na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, e tem sido uma das áreas mais afetadas pelo conflito armado iniciado em 2017. O distrito, que possui uma significativa costa no Oceano Índico. No entanto, desde o início do conflito, a região tem enfrentado ataques frequentes de grupos armados, o que resultou em uma grave crise humanitária e na destruição de várias infraestruturas.(x)
Por: Bonifácio Chumuni
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O Conselho de Ministros aprovou, esta terça-feira, 29 de abril, durante a sua 14.ª Sessão Ordinária, a Proposta de Lei do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE) para o exercício económico de 2025, que será submetida à Assembleia da República.
Segundo o porta-voz do Governo, Inocêncio Impissa, o documento prevê receitas totais de 385.871,8 mil milhões de meticais e despesas globais de 512.749,9 mil milhões de meticais, resultando num défice estimado em 126,8 mil milhões de meticais. De acordo com o jornal O País, o PESOE está alinhado com o novo Programa Quinquenal do Governo (2025–2029), que define as metas e prioridades nacionais para os próximos cinco anos.
O documento visa assegurar a implementação de políticas públicas voltadas para o crescimento económico, estabilidade macroeconómica e melhoria do bem-estar social, conforme indicam as projecções do Executivo.
Durante a mesma sessão, o Governo apreciou ainda a Conta Geral do Estado referente ao exercício económico de 2024, o Relatório Anual da Dívida Pública e informações sobre a recente reunião do Grupo do FMI e Banco Mundial.(x)
Por: Zumbo FM Notícias.
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Os portos de Pemba e Mocímboa da Praia, dois dos principais corredores logísticos de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, estão a viver uma fase crítica de estagnação, com uma queda substancial nas suas operações de exportação.
Segundo o relatório divulgado após a 3.ª Sessão Ordinária do Conselho dos Serviços Provinciais de Representação do Estado, os portos de Pemba e Mocímboa da Praia registaram um desempenho abaixo das expectativas no primeiro trimestre de 2025. O Porto de Pemba, que deveria movimentar um volume maior, processou apenas 37 mil toneladas métricas, correspondendo a 66% da meta estabelecida. Isso representa uma diminuição de 19% em comparação com o mesmo período de 2024.
O Porto de Mocímboa da Praia, por sua vez, enfrentou uma situação ainda mais crítica, processando apenas 8 mil toneladas métricas, um número muito abaixo das 15 mil previstas.
De acordo com o comunicado oficial, a queda no desempenho dos portos é atribuída a vários fatores adversos, incluindo a suspensão das exportações de grafite, uma diminuição significativa no envio de madeira serrada e a desaceleração nas operações relacionadas com a indústria de petróleo e gás, sectores que tradicionalmente representavam uma parcela significativa da carga nos portos da região.
O documento do Conselho dos Serviços Provinciais também destaca que, apesar dos desafios enfrentados, o Porto de Pemba ainda conseguiu manter algum nível de atividade, movimentando carga para várias áreas da província. No entanto, a desaceleração nas operações de Mocímboa da Praia levanta questões sobre a sustentabilidade das operações portuárias na região. (x)
Por: Bonifácio Chumuni
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Um recém-nascido do sexo masculino foi encontrado abandonado numa lixeira no bairro Chibuabuare, zona da bacia, vulgarmente conhecida como "Terra Vermelha", na cidade de Pemba, província de Cabo Delgado. O incidente ocorreu na madrugada deste sábado, 26 de abril de 2025, e gerou profunda consternação entre os moradores locais.
De acordo com informações recolhidas no terreno, o bebé foi descoberto depois de os residentes ouvirem um choro persistente vindo da área da lixeira. Intrigados, aproximaram-se e depararam-se com o recém-nascido, envolto em restos de lixo. Estima-se que o bebé tenha menos de 48 horas de vida.
Um dos moradores relatou à Zumbo FM Notícias que o choro inicialmente foi confundido com o de um animal, mas, ao se aproximarem, perceberam a gravidade da situação.
“Acordámos de madrugada com o som do choro. Pensámos que fosse algum animal, mas quando nos aproximámos, vimos que era um bebé recém-nascido. Foi um momento de grande espanto e tristeza para todos nós”, contou o residente.
Após a descoberta, os populares prestaram os primeiros socorros possíveis e acionaram as autoridades. O bebé foi resgatado e encaminhado para o Hospital Provincial de Pemba, onde permanece sob cuidados médicos. De acordo com as informações disponíveis, o seu estado de saúde é considerado estável.
A identidade da mãe e as circunstâncias que levaram ao abandono ainda não foram apuradas. A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Cabo Delgado está a conduzir investigações para esclarecer o caso.
Contactado pela Zumbo FM Notícias, o chefe das Relações Públicas da PRM em Cabo Delgado, Aniceto Magume, confirmou a ocorrência. Segundo explicou, o bebé foi encontrado embrulhado em alguns panos e prontamente socorrido pelas autoridades.
"Confirmamos que, de facto, hoje na cidade de Pemba, bairro Chibuabuare, a PRM foi comunicada acerca da localização de um bebé que tem alguns dias de vida. Os colegas deslocaram-se ao local, onde encontraram o recém-nascido, abandonado e embrulhado com alguns panos. Imediatamente, o bebé foi socorrido para o Hospital Provincial de Pemba, onde se encontra a receber cuidados", declarou.
O porta-voz adiantou que estão em curso diligências para localizar e responsabilizar a progenitora pelo ato cometido.
"Estamos a efetuar trabalhos no sentido de localizar a progenitora e responsabilizá-la criminalmente por esta conduta", afirmou.
Magume acrescentou que as autoridades estão a mobilizar todas as esquadras da cidade e a trabalhar em colaboração com as estruturas do bairro para acelerar a identificação da mãe.
"Está a ser feito um trabalho a nível de todas as esquadras, já têm informações e estão a trabalhar com as estruturas do bairro para, o mais rápido possível, se neutralizar a progenitora", garantiu.
O chefe das Relações Públicas da PRM lamentou a situação e aproveitou a oportunidade para deixar um apelo às mulheres para evitarem práticas de abandono de recém-nascidos.
"Felizmente este bebé não perdeu a vida. Aproveitamos esta oportunidade para apelar às mães e mulheres para que não optem por este tipo de conduta", exortou.
A Zumbo FM Notícias continuará a acompanhar o caso e a informar sobre os desenvolvimentos. (x)
Por: António Bote
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Membros das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) denunciaram, nesta sexta-feira, 25 de Abril de 2025, à Zumbo FM Notícias, a persistência de atrasos no pagamento dos seus salários, situação que, segundo afirmaram, está a gerar desconforto e preocupação entre os efectivos destacados em Cabo Delgado.
De acordo com um dos militares, o pagamento dos salários está a ser significativamente atrasado, afetando o bem-estar dos militares no terreno. "Dinheiro agora está a demorar, até agora ainda não caiu nas contas. Todos aqui, ninguém tem salário", disse o militar, descrevendo o cenário vivido.
A mudança na gestão das finanças da unidade também foi apontada como um fator para a crise. Segundo um outro militar, a nova funcionária responsável pela área financeira tem causado transtornos ao não cumprir os prazos estipulados. "Essa nova funcionária que está nas finanças está a fazer muita besteira. Começa a pagar nos dias 28, 29... Estás a ver o quê é isso? Enquanto, com aquele que estava a trabalhar nas finanças, entre os dias 20 a 22 eram os dias em que os militares ficavam bem ful", relatou.
O impacto psicológico dos atrasos tem gerado sérias consequências para as famílias dos militares. Um dos membros das FADM explicou como a situação está a afetar os seus lares, especialmente em tempos de escassez financeira. "Até a família em casa chega a pensar que recebi, mas não quero fazer despesas", lamentou.
Em relação à mudança das datas de pagamento, um militar comentou que a confiabilidade dos prazos foi completamente abalada. "Nós já abetuamos essas datas, 20, não isso que andam a fazer de demorar", criticou o militar.
Além disso, a gestão atual foi vista com desconfiança por parte dos efectivos. Um dos membros das Forças Armadas questionou a escolha de uma nova responsável para a área financeira, sugerindo que a falta de experiência da funcionária tem agravado os problemas. "Levar essas pessoas que não dependem do salário para colocar nas finanças não é boa coisa. Porque a pessoa pensa que, assim que ela tem dinheiro, todo mundo também tem", afirmou o militar.
A falta de empatia por parte da nova gestão foi também citada. "Pensa que assim que assaciou, todo mundo está saçio, sem pensar que existem pessoas que estão a passar mal a fome", lamentou o militar.
A mudança no calendário de pagamentos tem afetado tanto os militares destacados nas zonas de combate, como os que se encontram nas áreas urbanas. "Não está fácil. Isso começou no mês antepassado. Até para pessoas que se encontravam nas matas, começavam a receber na data 18 a 19. Esses eram os primeiros a receber. Os que estavam na cidade recebiam dia 21 a 22, mas acabou aquilo", detalhou um dos militares.
A falta de pagamentos no terreno tem gerado ainda mais insatisfação, principalmente para os militares destacados em zonas de combate. "Pessoa que está na mata, na cidade, é a mesma coisa. Isso não é para deixar pessoas descontentes? Enquanto que o militar que está na mata deve ser bem babado para estar feliz. Estás na mata, sem salário. Vai ser descontente mesmo", afirmou um outro membro das FADM.
Além disso, os militares denunciam falhas graves na gestão financeira, afirmando que a demora no pagamento dos salários tem prejudicado seriamente as suas condições de vida. "Estão a falhar muito", acusou um dos entrevistados.
Devido aos atrasos nos pagamentos, muitos militares têm sido forçados a recorrer aos seus recursos pessoais para sobreviver. "Dinheiro que você guarda na conta para questões de emergência, mas pela demora do salário, você deve mexer mais esse dinheiro", explicou um militar. (x)
Por: António Bote
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A província de Cabo Delgado é actualmente a segunda com maior prevalência de malária em Moçambique, afectando 38,1% da sua população, segundo dados do Inquérito de Indicadores de Malária 2022–2023. A informação foi avançada pelo Governador Valige Tauabo, durante a cerimónia do Dia Mundial da Luta Contra a Malária e da Semana Africana de Imunização, realizada na sexta-feira, 24 de abril, na cidade de Pemba.
A malária continua a ser uma das principais causas de procura por cuidados de saúde na província, representando 32,7% dos atendimentos em consultas externas nas unidades sanitárias locais.
"A malária e outras doenças preveníveis por vacinação, como o sarampo, a paralisia flácida aguda e o tétano neonatal, continuam a ceifar vidas e a comprometer o bem-estar das nossas comunidades", afirmou Valige Tauabo.
De acordo com o governador, só nos primeiros meses de 2024 foram registados 1.679.035 casos de malária em Cabo Delgado, o que representa um aumento de 32,2% em relação aos 1.270.188 casos notificados no mesmo período de 2023. O número de óbitos também duplicou, passando de 41 para 80.
“Estes números mostram um agravamento sério. Precisamos redobrar os esforços na prevenção e resposta à doença”, frisou Tauabo.
Apesar do aumento dos casos, o executivo provincial está a reforçar medidas de combate e prevenção. Este ano, foram distribuídas 1.604.560 redes mosquiteiras tratadas com inseticida por todos os distritos da província.
“Temos vindo a implementar acções concretas para conter a malária e outras doenças evitáveis, e contamos com o apoio das comunidades e dos nossos parceiros de saúde”, concluiu o governador de Cabo Delgado. (x)
Por: Ibraimo Abdulai
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Depois de várias delegações da RENAMO terem sido encerradas em algumas províncias do país, em repúdio à liderança do atual presidente do partido, Ossufo Momade, hoje, 24 de Abril de 2025, foi a vez dos membros desta força política na cidade de Pemba, que decidiram seguir o mesmo caminho adotado noutras regiões.
A Zumbo FM Notícias deslocou-se à sede provincial da RENAMO, tendo encontrado um papel afixado nas portas, com a seguinte inscrição: “Só abrimos as portas depois de Ossufo Momade sair da liderança.”
Tentámos, sem sucesso, contactar o delegado provincial da RENAMO, Manuel Macuane.
A zumbo FM Notícias soube que os Membros do partido Renamo, queimaram o material de propaganda contendo a imagem de Ossufo Momade.
As ondas de contestação contra a liderança de Ossufo Momade ganharam força após a derrota da Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO) nas eleições gerais de 2024. O partido, que durante anos deteve o estatuto de maior força da oposição, passou a ocupar o segundo lugar.
Membros e simpatizantes da RENAMO, bem como de outros partidos da oposição, classificaram as eleições como alegadamente fraudulentas.
Diante deste cenário, os membros da RENAMO esperavam uma reação firme por parte do líder do partido. No entanto, afirmam ter sido confrontados com um silêncio quase absoluto. (x)
Por: Zumbo FM Notícias
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Depois de semanas marcadas por ataques terroristas nas aldeias de Nnonia, Mihecane, Ungura e Ncole, no distrito de Ancuabe, província de Cabo Delgado, alguns dos deslocados que haviam procurado refúgio na aldeia de Nanjua começam agora a regressar às suas zonas de origem.
Nanjua foi uma das aldeias que recebeu um número significativo de pessoas deslocadas, que fugiam da violência que assolou as suas comunidades durante a última semana de março e a primeira quinzena de abril.
A Zumbo FM Notícias entrevistou esta sexta-feira, 25 de Abril de 2025, residentes de Nanjua, que acompanharam de perto a chegada e permanência dos deslocados. Os relatos refletem um misto de esperança, preocupação e resignação face à realidade vivida por centenas de famílias.
“Não estavam a ver o que comer, por isso, a população está regressar a Nnonia”, contou um dos residentes, destacando as dificuldades enfrentadas pelos deslocados durante a estadia em Nanjua.
Apesar dos receios, há sinais de estabilidade em algumas áreas.
“Aqui nesses dias a situação está calma. Não nada”, afirmou outro residente, acrescentando que a paz relativa pode estar a encorajar o regresso às aldeias afetadas.
O sentimento de pertença também tem pesado na decisão dos deslocados.
“A maioria que tinham fugido, estão a regressar para suas aldeias”, acrescentou outro entrevistado, sublinhando o desejo das pessoas em voltar às suas origens.
“Um lugar que você não acostumou muito, não maneira, mesmo você vivendo aqui em Nanjua, sem nada, não ajuda. Em casa é em casa”, comentou uma residente, referindo-se às dificuldades de adaptação enfrentadas pelos deslocados em um novo ambiente.
Segundo os relatos, muitos dos deslocados não conseguiam realizar atividades produtivas.
“Quando eles estavam aqui, não faziam quase nada, nem machamba, nem nada, só passear dum lado para outro, então, é diferente quando estão nas suas aldeias, vão a machamba, fazem muitas coisas.”
A situação comove também os anfitriões.
“Tem sido muito triste ver os irmãos que fugiram às suas aldeias, e se hospedar numa outra aldeia, sem fazer nada”, lamentou outro morador local.
Para compreender qual o plano do governo para apoiar as famílias deslocadas, muitas das quais perderam as suas casas e meios de subsistência, a Zumbo FM Notícias tentou contactar as autoridades do distrito de Ancuabe. Até ao fecho desta edição, não foi possível obter uma resposta. (x)
Por: António Bote
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