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Ivan

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Seis meses após a passagem do ciclone Chido, no dia 15 de Dezembro de 2024, o distrito de Mecufi, no sul da província de Cabo Delgado, continua a enfrentar enormes desafios para se reerguer dos escombros deixados pela destruição. Estima-se que a reconstrução das infraestruturas danificadas venha a custar cerca de 3 mil milhões de meticais, o equivalente a 46,9 milhões de dólares, segundo revelou o administrador distrital, Fernando Neves, esta quarta-feira, 28 de Maio.

O ciclone tropical atingiu o distrito com extrema violência, deixando um rasto de devastação quase total. De acordo com dados oficiais, a tempestade provocou a morte de aproximadamente 100 pessoas e destruiu cerca de 16 mil habitações, além de ter danificado severamente edifícios públicos, escolas, centros de saúde e sistemas de abastecimento de água.

“O distrito continua praticamente em ruínas”, afirmou Fernando Neves, sublinhando a gravidade da crise humanitária que se vive em Mecufi. “A nível local, não temos recursos para suportar uma reconstrução desta magnitude. No entanto, com o apoio de parceiros, foi possível iniciar a reabilitação do centro de saúde e do edifício da administração distrital.”

O cenário actual é marcado por profunda vulnerabilidade social e económica. (x)

Por: Bonifácio Chumuni

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O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) alertou que a situação de segurança no norte de Moçambique está a “deteriorar-se rapidamente”, com novos ataques de grupos armados em zonas que até então eram consideradas relativamente estáveis, sobretudo na província de Cabo Delgado.

Segundo um relatório operacional da referida agência da ONU, consultado nesta terça-feira, 27 de maio de 2025, pela agência Lusa, os ataques protagonizados por “grupos armados não estatais” nas províncias de Cabo Delgado e Niassa resultaram no deslocamento de milhares de pessoas e na interrupção de várias operações humanitárias em curso.

“No norte de Moçambique, a situação de segurança continua a deteriorar-se (...). A intensidade renovada do conflito está agora a afetar áreas anteriormente consideradas relativamente seguras, incluindo os distritos de Ancuabe e Montepuez, que registaram cerca de 15.000 e 5.000 novas deslocações, respetivamente”, indica o documento.

Desde outubro de 2017, Cabo Delgado, uma província rica em recursos naturais como o gás natural, tem sido palco de uma insurgência armada, cujos ataques são frequentemente reivindicados por grupos ligados ao autoproclamado Estado Islâmico. A violência já provocou mais de um milhão de deslocados internos e centenas de mortos.

Além da província de Cabo Delgado, a vizinha Niassa também foi recentemente alvo de violência. Em abril, grupos armados decapitaram dois guardas-florestais numa zona protegida. No mesmo período, o Estado Islâmico reivindicou a autoria de um ataque em que três pessoas foram mortas.

O ACNUR adianta que, nas últimas semanas, mais de 25.000 pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas devido à intensificação dos ataques no norte do país.

“Na província de Niassa, onde até recentemente o movimento de deslocados era reduzido, mais de 2.000 pessoas foram obrigadas a fugir desde meados de março. Esses deslocados somam-se aos quase 1,3 milhões de pessoas afetadas pelo conflito armado, por desastres naturais como ciclones consecutivos e pela seca prolongada”, sublinha a agência.

Apesar do agravamento da situação de segurança, o ACNUR reconhece que o ambiente político em Moçambique permanece “calmo”, e que os esforços nacionais estão agora centrados no “planeamento do desenvolvimento a longo prazo”.

Este alerta surge dias depois de as Nações Unidas estimarem que cerca de 5,2 milhões de pessoas em Moçambique necessitam atualmente de assistência humanitária, resultado de uma “tripla crise” provocada pelo conflito armado, eventos climáticos extremos recorrentes e agitação pós-eleitoral.(x)

Por Bonifácio Chumuni

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A Delegada do Instituto Nacional de Transportes Rodoviários (INATRO) em Cabo Delgado, Angélica Bento, revelou que, só no primeiro trimestre deste ano, foram apreendidas quarenta cartas de condução na cidade de Pemba, maioritariamente devido a infrações como excesso de velocidade e condução sob efeito de álcool. A informação foi partilhada esta quarta-feira, 28 de Maio 2025, em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias.

"No primeiro trimestre foram apreendidas quarenta cartas de condução. Foi mais ou menos aqui na cidade de Pemba."

Segundo Bento, os principais focos de infração continuam a ser os mesmos: excesso de velocidade e o consumo de bebidas alcoólicas antes de conduzir, o que representa um grande desafio para as autoridades.

"Destacam-se o excesso de velocidade e a condução sob efeito de álcool. É verdade, e constitui um grande desafio, pois muitas das vezes temos feito trabalho de fiscalização às sextas-feiras, sábados e durante as noites, para controlar principalmente os condutores que se fazem à via sob efeito de álcool", explicou.

Em comparação com o ano anterior, os números mostram uma tendência preocupante: cinquenta e três cartas foram apreendidas em 2024 em toda a província, o que, segundo a Delegada, reflecte o esforço contínuo das autoridades.

"No ano passado, apreendemos cinquenta e três cartas de condução. Sim, porque está a ser realizado um trabalho intensivo, tanto nos distritos como aqui na província."

As penalizações aplicadas variam conforme a gravidade da infração. Para os casos mais graves, como a condução sob efeito de álcool, as sanções são pesadas.

"Depende da irregularidade. Aqueles que têm, mais ou menos, pena censória média, têm sanções. Quando é grave, a carta é retirada e o condutor é suspenso por um período de um ano. Por exemplo, estes condutores que se fazem à via sob efeito de álcool, quando são apanhados, têm as cartas retiradas e ficam um ano sem conduzir. Além disso, é aplicada uma multa e a carta é suspensa no sistema."

A responsável revelou ainda a ocorrência de situações com cartas digitalizadas — e não propriamente falsas — que levantam suspeitas sobre a sua autenticidade.

"Já aconteceu algumas vezes, mas não sempre. São casos raros aqui em Pemba. Não são propriamente cartas falsas, são cartas digitalizadas. Não sei como são feitas. Não sei se acompanhou no ano passado, mas foi apanhado um condutor com uma carta — nem é carta — uma carta digitalizada, digamos assim. Foi detido pelo SERNIC e, daí, ele identificou e disse que foi um amigo, não sei se de Nampula ou de outra província, que o ajudou a digitalizar aquilo, e acabou detido."

Angélica Bento salientou o trabalho articulado com outros órgãos do Estado na fiscalização e monitoria das atividades nas estradas.

"A colaboração é boa. Nós temos trabalhado com a Polícia de Trânsito, ANE, Alfândegas e outros parceiros, incluindo a Direção Provincial de Transportes. Temos feito um trabalho conjunto e é uma relação boa."

Sobre a questão da emissão de cartas de condução, a Delegada contou que actualmente não tem havido problemas, acrescentando que existem naquela instituição, muitas cartas não reclamadas e o INATRO, esta estudar várias formas de contactar os proprietários.

"Já foram levantadas várias cartas. Até para o senhor poder testemunhar, temos muitas cartas cujos donos não estão a vir levantar. Estamos a pensar, neste momento, comunicar pelas redes sociais e pelas rádios, para pedir que os donos venham levantar as suas cartas. São centenas de cartas cujos donos ainda não as vieram buscar."

A responsável do INATRO também aproveitou a ocasião para esclarecer que os atrasos na emissão das cartas de condução já não constituem um problema generalizado, visto que o processo foi regularizado.

"Não concordo que há demora na emissão de carta de condução. Foi uma fase, mas já foi ultrapassada. Às vezes, as cartas saem antes dos noventa dias, outras vezes saem depois, porque as cartas não são emitidas cá. São emitidas a nível central. O que eles fazem é juntar os documentos para depois enviar para as províncias", concluiu a Delegada do INATRO em Cabo Delgado, Angélica Bento. (x)

Por: António Bote

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A maior mina de grafite do continente africano, localizada no distrito de Balama, região sul da província de Cabo Delgado no norte de Moçambique, voltou a operar depois de um longo impasse com as comunidades locais. Desde setembro de 2024, cerca de 800 famílias bloquearam as instalações da mineradora Syrah Resources, exigindo compensações justas pelas terras que foram cedidas para a exploração do minério uma reivindicação que paralisou as atividades e afetou a economia local do país.

A Zumbo FM Notícias apurou por meio de uma fonte interna ligada à mina que pediu anonimato, as operações foram retomadas há mais de duas semanas, mas o Governo Provincial de Cabo Delgado opta por manter silêncio absoluto sobre os termos do acordo que garantiu o fim do bloqueio.

A nossa equipa de reportagem tentou diversas vezes contactar o porta-voz do Governo Provincial, Canira Juma, que chegou a prometer uma entrevista para esclarecer a situação, mas voltou a evitar o contacto e não forneceu nenhuma explicação oficial.

Por sua vez, a TWIGG Exploration and Mining Limitada, empresa subsidiária da Syrah Resources Limited companhia australiana listada na Bolsa de Valores da Austrália ainda não comentou publicamente a retoma das operações na mina de Balama.

Inaugurado em 2018, o projecto da Mina de Grafite de Balama é um dos maiores investimentos em mineração do país e representa uma importante fonte de receitas para a província de Cabo Delgado e para Moçambique. (x)

Por: Bonifácio chumuni

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Foi num clima de grandes expectativas que Yacob Latifo reassumiu, no dia 23 de maio de 2025, o cargo de presidente da Associação dos Avicultores de Cabo Delgado, após um período marcado por controvérsias internas e contestação por parte de alguns associados.

A sua candidatura foi alvo de críticas e resistência, motivadas por acusações ainda não comprovadas de alegado desvio de fundos destinados ao sector avícola na província. Apesar das acusaçoes, Yacob Latifo foi reconduzido à liderança da agremiação, facto que dividiu opiniões entre os membros da associação.

Até ao momento, nenhuma investigação oficial confirmou as acusações levantadas, e o processo de eleição seguiu os trâmites formais estabelecidos pelos estatutos da organização.

Em reação, Latifo moveu uma ação judicial contra o associado António Jorge Bonde, acusando-o de difamação, após este o ter responsabilizado pela alegada má gestão de fundos destinados ao desenvolvimento da avicultura na província.

Apesar da polémica, Yacob Latifo saiu novamente vitorioso no processo eleitoral e, no seu discurso de posse, adotou um tom conciliador, comprometendo-se a trabalhar de forma inclusiva com todos os associados.

“É com um profundo sentimento de honra, responsabilidade e compromisso que hoje assumo o cargo de presidente da direção da Associação dos Avicultores de Cabo Delgado. Aceito este desafio com humildade, ciente das expectativas que todos depositam nesta liderança e, sobretudo, com a firme convicção de que juntos podemos transformar a realidade da avicultura na nossa província.”- Disse o presidente da Associação dos Avicultores de Cabo Delgado, Yacoob Latifo.

Com uma retórica marcada pela esperança e pela valorização do potencial local, Latifo sublinhou que a avicultura vai muito além da produção de frangos.

“Vivemos tempos de grandes desafios, mas também de oportunidades. A avicultura não é apenas um sector produtivo: é uma fonte de sustento, de emprego e de esperança para muitas famílias. Cabo Delgado tem um potencial imenso, com recursos humanos dedicados, terra fértil e vontade de vencer. A nossa missão é canalizar esse potencial para o crescimento sustentável da avicultura, contribuindo para a segurança alimentar, o combate à pobreza e o desenvolvimento local.”

A nova liderança promete trabalhar de forma participativa, valorizando as vozes dos pequenos produtores e fortalecendo a estrutura organizacional da associação.

“Assumo o compromisso de trabalhar lado a lado com todos os associados, escutando suas preocupações, valorizando suas experiências e promovendo a união. Só juntos poderemos construir uma associação forte, representativa e capaz de influenciar políticas públicas a nosso favor.”

Entre as prioridades traçadas por Yacob Latifo estão a capacitação técnica dos avicultores, o acesso aos mercados e a inovação no setor. O dirigente destacou ainda a necessidade de envolver jovens e mulheres na cadeia produtiva, reforçando a sustentabilidade da atividade avícola.

“Vamos investir em capacitação técnica, em acesso a mercados, em inovação e em parcerias estratégicas que elevem a qualidade e a competitividade dos nossos produtos. Quero também destacar a importância de envolver os jovens e as mulheres neste processo, pois o futuro da avicultura depende da inclusão, da inovação e da continuidade.”

Num contexto marcado por desafios logísticos, insegurança em algumas zonas da província e dificuldades no acesso a crédito e insumos, a nova direção terá a árdua missão de restaurar a confiança entre os membros e relançar o setor avícola como um vetor de crescimento e estabilidade em Cabo Delgado.

Com a associação em busca de novos rumos e diante da promessa de uma liderança mais aberta ao diálogo, os próximos meses serão determinantes para saber se as palavras de união se transformarão em ações concretas.

Por: Bonifácio Chumuni

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Os moradores do bairro Chuiba, na cidade de Pemba, mostram-se agastados com a paralisação das obras de construção da estrada que liga os bairros Eduardo Mondlane e Chuiba, conhecida como estrada ANE–Chuiba. A infraestrutura, orçada em 475 milhões de meticais, teve início em junho de 2021, mas encontra-se paralisada há vários meses, sem informações claras sobre a sua conclusão.

Alguns munícipes ouvidos pela Equipa de Reportagem da Zumbo FM Notícias nesta quarta-feira (28.05.2025), moradores das periferias ANE-CHUIBA expressaram descrença nas promessas feitas pelas autoridades e preocupação com o futuro da obra.

Farida João disse ter perdido a esperança na conclusão da estrada“Já perdi a esperança quanto conclusão da estrada ANE–Chuiba. Só resta seguir em frente, porque aqui em Pemba os problemas nunca são resolvidos. Já estamos acostumados,” lamentou.

Um munícipe não identificado, queixou-se do esquecimento de Cabo Delgado por parte dos governantes.

“Cabo Delgado é uma província esquecida pelos governantes. Aqui não se fala, só se cala. Os dirigentes pensam que Cabo Delgado não sente dor. Mentem-nos muito e não nos tratam como merecemos,” desabafou.

Alfeu Felipe afirmou estar desiludido com o novo presidente do município.

“Fiquei feliz quando soube que teríamos um novo presidente do município. Acreditei que ele faria diferente, mas está tudo na mesma. Aqui na cidade de Pemba não temos nenhuma estrada boa. Estamos mal e não vejo nada a mudar,” criticou.

Recorde-se que, numa conferência de imprensa realizada no sábado, 22 de março de 2025, o Presidente do Conselho Municipal de Pemba, Satar AbdulGani, prometeu tudo fazer para concluir as obras da estrada ANE–Chuiba. Até então, nada mudou.

A estrada ANE–Chuiba previa a asfaltagem de cerca de 5,4 quilómetros de extensão, abrangendo uma área estratégica para o acesso e mobilidade urbana. No entanto, até ao momento, apenas 220 metros foram construídos. Não foram dadas justificações oficiais sobre os motivos da paralisação, nem há previsão de retoma dos trabalhos.

A comunidade exige respostas concretas e ações urgentes para garantir a continuidade da obra, que consideram essencial para o desenvolvimento local e a melhoria das condições de vida.(x)

Por: Nazma Mahando

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A informação foi divulgada nesta terça-feira, 27 de maio de 2025, pelo Presidente do Conselho Municipal de Pemba, Satar Abdulgani, durante o lançamento do Workshop de validação dos indicadores do Observatório Urbano.

Satar Abdulgani considera que o Observatório será um instrumento dinâmico de apoio à tomada de decisões e ao reforço da governação municipal, principalmente no que se refere ao desenvolvimento e à gestão urbana.

"O observatório será um instrumento Dinâmico e apoio a tomada de decisões e promoção da transparência e reforço da governação municipal da cidade de Pemba, permitirá ao conselho municipal e a todos atores urbanos a planificar melhor território, responder com maior eficácia aos desafios do crescimento urbano e garantir que o desenvolvimento da cidade de Pemba seja inclusivo, resiliente e sustentável." — disse.

O presidente do CMP frisou ainda que pretende escutar as vozes dos diversos setores que atuam no espaço urbano, para assim permitir a criação de políticas públicas concretas.

"Através dessa sessão de validação da auscultação, pretendemos escutar as vozes dos diversos setores que intervêm no espaço urbano, desde técnicos municipais, académicos, comunidades da sociedade civil até ao setor privado e aos cidadãos. Queremos construir um conjunto de indicadores que traduzam a realidade do nosso território e que orientem políticas públicas assentes em evidências concretas."Frisou.

Satar Abdulgani reconheceu, sem entrar em detalhes, que existem desafios, mas acredita que a melhoria e o desenvolvimento urbano dependem do envolvimento de todos os atores.

"A cidade de Pemba enfrenta desafios complexos, mas também possui um enorme potencial. Acreditamos firmemente que a base para um desenvolvimento urbano equilibrado está na escuta ativa, na partilha de informações e no envolvimento de todos os atores." — avançou o Presidente do CMP.(x).

Por: Esperança Picate

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Seis pessoas perderam a vida em consequência de três acidentes de viação registados na província de Cabo Delgado, entre Janeiro e Março deste ano. A informação foi tornada pública esta quarta-feira, 28.05.2025, pela Delegada do Instituto Nacional de Transportes Rodoviários (INATRO) em Cabo Delgado, Angélica Bento, em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias.

Segundo explicou a dirigente, os números dos acidentes de viação representam uma redução significativa em relação ao igual período de 2024, no qual foram registados nove acidentes de viação.

"No primeiro trimestre tivemos três acidentes de viação, o que mostra que o trabalho está a ser feito para prevenir ações, como acidentes de viação, na nossa província. Foram três casos de acidentes, sim, com danos humanos e materiais avultados, mas, ainda assim, só foram três acidentes."

Apesar da diminuição no número de sinistros, os acidentes ocorridos tiveram um impacto trágico.

"Foram seis mortes que resultaram nesses acidentes, em Pemba, sim."

Comparando os períodos homólogos, Angélica Bento sublinhou os progressos:
"No ano passado tivemos nove acidentes de viação. Por isso estou a dizer que houve uma redução — uma redução bastante significativa — nos casos de acidentes de viação."

A Delegada reconhece que a redução está associada a um conjunto de ações de sensibilização e educação rodoviária levadas a cabo pelo INATRO, com foco especial nas escolas e nas comunidades distritais.

"Isto é um trabalho complexo que temos feito, que é sensibilizar as escolas. Porque não basta só o INATRO — não é o INATRO que deve abrir uma escola. São as escolas que devem criar condições para abrir novas unidades nos distritos. Temos feito a sensibilização a estas entidades, para que venham abrir uma escola, seja itinerante ou uma escola fixa, ou seja, uma escola definitiva. Essa escola permanece por um período de 180 dias, para lecionar alguns alunos e, passado esse período, é encerrada."

Com vista a garantir maior acesso aos serviços do INATRO, a instituição está a planear expandir a sua atuação para distritos com dificuldades de mobilidade e acesso à cidade capital.

"No sentido de ajudar essas pessoas que vivem em pontos onde, logicamente, não têm condições de vir à cidade para tirar a carta de condução, estamos a pensar ir para alguns distritos, como Mueda, Montepuez e Chiúre. Queremos falar com as entidades locais para podermos aproximar os nossos serviços de renovação, segunda via e, por exemplo, para atender alunos que tiraram carta em Montepuez e não têm condições de vir à cidade. Nós podemos aproximar os nossos serviços a esses locais."

A Delegada enfatiza que o respeito pelas normas do Código da Estrada continua a ser uma das ferramentas mais eficazes na prevenção de mortes e feridos nas estradas.

"Consciencializar os condutores sobre a observância das regras elementares do Código da Estrada e seus regulamentos é fundamental para a redução dos índices de acidentes de viação. Isto inclui o respeito pelos limites de velocidade e outras causas de acidentes, de modo a evitar mortes e danos materiais. Para os peões, é importante olhar para a esquerda e para a direita antes de atravessar a estrada. Para os vendedores que operam à beira das estradas, aconselhamos que não vendam produtos nessas zonas. Quanto às crianças que vão à escola, muitas vezes não têm noção do que é o Código da Estrada. Entretanto, temos vindo a ensiná-las sobre as cores dos semáforos, para que saibam que, quando acende a cor vermelha, devem parar, e quando está verde, podem atravessar. Também aconselhamos que não se utilize a estrada como local de lazer, entre outras matérias relacionadas à segurança rodoviária."

A redução no número de acidentes é um dado encorajador para a província, mas os seis óbitos registados no período evidenciam que os desafios da segurança rodoviária permanecem, exigindo uma ação contínua e coordenada entre instituições, escolas, condutores, peões e comunidades. (x)

Por: António Bote

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A Inspeção Nacional das Atividades Econômicas (INAE) lançou um alerta contra a crescente especulação de preços nos mercados da cidade de Pemba e zonas circunvizinhas. A instituição garante estar a intensificar as fiscalizações para travar práticas abusivas e proteger os consumidores, sobretudo os mais vulneráveis.

Em resposta a um pedido de esclarecimento da Zumbo FM Notícias, através de um documento enviado nesta segunda-feira, 26 de maio, a INAE reconhece aumentos anormais nos preços de produtos básicos como peixe, frango congelado, arroz, farinhas, óleo, açúcar, tomate e ovos uma situação que tem estrangulado os orçamentos familiares, especialmente entre fevereiro e maio.

“O objetivo é evitar a especulação e proteger o consumidor, garantindo a estabilidade econômica. No entanto, reconhece-se que há oscilações constantes nos preços, especialmente entre fevereiro e maio, o que afeta o orçamento das famílias”, lê-se no documento.

A instituição aponta diversos fatores por trás da crise desde a quebra da ponte que liga Nampula a Cabo Delgado, passando pelas más condições das estradas, até à insegurança provocada por ataques terroristas, cobranças de portagens ilegais e atos de vandalismo pós-eleitorais todos estes fatores dificultam o abastecimento dos mercados e elevam os custos de transporte.

Apesar disso, há sinais de alívio. A INAE destaca que a retirada do IVA de 16% sobre produtos como açúcar, óleo e sabão, implementada pelo Governo, poderá contribuir para a redução dos preços a curto prazo.

Com a reabertura da ligação rodoviária entre Nampula e Cabo Delgado, a instituição afirma que já está a realizar monitorias semanais nos mercados e a reforçar o controlo sobre as margens de lucro.

“Após a reabertura da ligação rodoviária entre Nampula e Cabo Delgado, a INAE intensificou suas atividades de fiscalização, realizando monitorias semanais dos preços dos produtos de primeira necessidade. Além disso, tem mantido o controlo regular sobre as margens máximas de lucro dos produtos básicos, assegurando que os comerciantes sigam as regulamentações e evitando práticas especulativas que possam prejudicar os consumidores”, enfatiza o órgão fiscalizador.(x)

Por: Ibraimo Abdulai

 

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A Baía de Pemba FC negou com veemência as informações que circulam nas redes sociais, alegando que adeptos do clube teriam vandalizado o autocarro da Associação Black Bulls (ABB) após a partida disputada no último fim-de-semana.

Na partida válida para a segunda jornada do Moçambola 2025, a Baía de Pemba FC venceu a equipa campeã em título, ABB, por 2-1, um resultado que surpreendeu muitos. O campeão moçambicano de futebol, treinado pelo português Hélder Duarte, perdeu na visita a Pemba, num jogo marcado pela determinação da equipa local.

Contudo, após o jogo, começaram a circular relatos de um suposto ato de vandalismo contra o autocarro dos visitantes, atribuídos a adeptos locais. O clube veio a público desmentir categoricamente tais acusações.

Em comunicado oficial, a Baía de Pemba FC classificou as notícias falsas como uma campanha de desinformação promovida por alguns jornalistas e blogueiros, com o objetivo de diminuir o mérito da equipa.

“O Baía de Pemba FC vem, por meio desta nota, repudiar veementemente a campanha de desinformação que está a ser feita por alguns jornalistas e blogueiros, com o intuito de minimizar o excelente arranque da equipa no Moçambola 2025. Tudo começou com a vitória caseira da Baía de Pemba FC frente à Associação Black Bulls (ABB) por 2x1. Não era expectável para algumas pessoas que uma equipa humilde, mas com muita vontade de dar alegria ao seu público, adeptos e simpatizantes, vencesse um dos candidatos e atual campeão em título. Mas essas pessoas esqueceram-se de que o futebol tem a sua própria lógica e, porque a bola é redonda, tudo pode acontecer no campo dentro dos 90 minutos do jogo.”

“Circula pelas mídias uma errada informação de que o autocarro da ABB foi vandalizado por um adepto do Baía de Pemba FC à saída do estádio, depois do término do jogo. Isso não constitui a verdade. Nenhum adepto satisfeito e feliz pela vitória ousaria vandalizar bens da equipa adversária que saiu derrotada do campo. Entendemos que são tentativas de manchar a nossa imagem e a merecida vitória.”

O clube distanciou-se veementemente de atos dessa natureza e apelou às autoridades locais para que investiguem o episódio com rigor e máxima urgência, visando à identificação e punição exemplar dos responsáveis.

“O Baía de Pemba FC estará a acompanhar o desenvolvimento do caso de perto e irá prestar toda a colaboração necessária às autoridades”, concluiu o comunicado.

Na primeira jornada do Moçambola 2025, a Baía de Pemba FC já havia vencido o Desportivo da Matola por 1-0. Na segunda ronda, voltou a surpreender ao derrotar o campeão em título, a Associação Black Bulls, por 2-1, firmando-se como uma das equipas em destaque neste arranque de época.

No que diz respeito à classificação do campeonato, a Baía de Pemba FC lidera com 6 pontos em duas jornadas, fruto de duas vitórias. Em segundo lugar, com 3 pontos, seguem clubes como a Associação Black Bulls e o Ferroviário da Beira, ambos com uma vitória e uma derrota. As restantes equipas somam entre 1 e 0 pontos, dependendo dos seus resultados nas duas primeiras jornadas.

O clube de Cabo Delgado promete continuar a lutar com humildade e determinação, levando alegria aos seus adeptos e dignificando o nome da província no panorama do futebol nacional.(x)

Por: Bonifácio Chumuni

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