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O Presidente da República de Moçambique, Daniel Francisco Chapo, e o Engenheiro, Venâncio António Bila Mondlane, antigo candidato presidencial, reuniram-se na noite de terça-feira, 20 de Maio de 2025, na Presidência da República, na cidade de Maputo, no âmbito de um ciclo de contactos sobre questões de interesse nacional.

Este é o segundo encontro entre os dois, após a reunião realizada a 23 de Março, igualmente em Maputo. Durante o encontro, foram abordados temas ligados à estabilização do país, ao processo de criação do partido político liderado por Mondlane, e à recuperação social e psicológica dos jovens e das comunidades, no contexto das consequências das manifestações pós-eleitorais.

As partes reconheceram progressos registados na estabilização nacional desde o primeiro encontro. Ambos reiteraram a importância da promoção da paz e da harmonia no seio da sociedade moçambicana, tendo reafirmado a rejeição a discursos de ódio e de desunião.

No encontro, ficou igualmente acordado o compromisso de alargar o diálogo aos níveis provinciais e distritais. O objectivo é permitir que as autoridades locais colaborem com as comunidades, incluindo os apoiantes de Venâncio Mondlane, na promoção da concórdia e na viabilização de programas de apoio a iniciativas juvenis nos bairros. (x)

Por: António Bote

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A Embaixada da Rússia em Moçambique afirmou não ter confirmação de que o ataque ao seu navio de pesquisa, ocorrido no dia 10 de maio de 2025, no distrito de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado, tenha sido perpetrado por grupos terroristas. O caso já foi comunicado ao Governo moçambicano, que está a conduzir investigações.

As circunstâncias do incidente ainda não foram totalmente esclarecidas. A embarcação cenográfica russa, que se encontrava em missão de estudo da fauna marinha na costa moçambicana, foi alvo de disparos por parte de duas embarcações não identificadas.

A missão diplomática russa revelou que o navio transportava mais de 40 pessoas, incluindo 12 investigadores, mas evitou atribuir a autoria do ataque a grupos insurgentes.

“Nós não tivemos comprovação oficial de que se trata de um grupo de terroristas. No dia 10 de Maio, fomos alvo de um ataque por duas embarcações desconhecidas que se recusaram a entrar em contacto com o nosso navio, e começaram a disparar”, explicou Polina Jukova, adida de imprensa da Embaixada da Rússia.

O consulado russo diz estar em contacto com o Governo moçambicano para possíveis trabalhos de investigação. “Nós estamos em contacto, sim, com o Governo moçambicano, mas agora não tenho nenhuma informação a divulgar.”

Apesar da situação, os representantes russos garantem que a missão científica foi concluída com êxito e que nenhum dos tripulantes foi ferido, havendo apenas danos materiais na embarcação.

“Embora tenha havido um ataque, o navio não parou os seus trabalhos de pesquisa e todo o grupo científico finalizou com muito sucesso os seus trabalhos. Eles completaram tudo o que foi previsto naquela zona”, acrescentou a fonte.

Segundo informações recolhidas pelo O País junto a fontes próximas do consulado, as pesquisas fazem parte de um programa de expedição africana que deverá continuar em outros pontos do continente nos próximos dias. (x)

Por: Zumbo FM Notícias

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A segurança na Reserva Especial do Niassa foi posta em causa no final do mês de abril de 2025, após um ataque terrorista no Bloco Kambako, uma zona sob jurisdição da província de Cabo Delgado.

Nesta segunda-feira, 20 de Maio de 2025, o Secretário de Estado da Terra e Ambiente, Gustavo Sobrinho Dgedge, deslocou-se ao Hospital Privado de Maputo para visitar Mário Cristóvão, Fiscal da Floresta e Fauna Bravia, ferido durante as incursões terroristas. Na ocasião, Dgedge assegurou que o governo está a envidar todos os esforços para garantir o restabelecimento da paz e segurança na reserva.

“O Governo enaltece os esforços e o papel desempenhado pelos operadores da Reserva Especial do Niassa, mesmo diante da instabilidade, e está a fazer de tudo para restaurar a ordem. Agradecemos a todos pelos esforços que têm feito para manter a Reserva operacional na situação em que se encontram. Os operadores continuam a dar apoio aos nossos fiscais, mantêm relação com o nosso Governo, eles não abandonaram os seus locais. A mensagem que temos é de continuarmos juntos nesta missão da preservação e conservação da Flora e Fauna de Moçambique. O Governo está a envidar também todos esforços para o estabelecimento da segurança e paz na Reserva Especial do Niassa e esperamos que brevemente possamos recuperar a época de caça desportiva. Esta época não pode ser perdida, por isso mesmo que estamos a fazer todo esforço, para que possa trazer benefícios tanto fiscais e também de lucros para os operadores que operam na Reserva Especial do Niassa.” – declarou o Secretário de Estado da Terra e Ambiente.

Gustavo Sobrinho Dgedge agradeceu ainda aos operadores e parceiros que participaram no resgate e transporte do Fiscal Mário Cristóvão da Reserva Especial do Niassa até à unidade hospitalar em Maputo.

“Quero agradecer a toda a equipa e aos gestores da reserva que, ao tomarem conhecimento da situação do fiscal, disponibilizaram todo o apoio e recursos necessários para o seu transporte. Nós, como Governo de Moçambique, estamos preocupados com o que está a acontecer na Reserva e temos esperança de que a nossa Força de Defesa e Segurança está a fazer todos os esforços para restabelecer a normalidade. Brevemente, vamos reunir com os operadores e faremos uma visita a Niassa para traçar estratégias conjuntas com os operadores e garantir o funcionamento pleno da Reserva.” – acrescentou o Secretário de Estado.

Na mesma ocasião, Dgedge deixou uma palavra de reconhecimento aos Fiscais da Floresta e Fauna Bravia pela sua dedicação em proteger o património natural do país.

"Aos fiscais que se encontram no terreno, nas Reservas e Parques, queremos manifestar o nosso total apoio. Agradecemos toda a dedicação, em colaboração com as Forças de Defesa e Segurança. Eles mantêm-se nos seus postos, firmes no cumprimento da sua missão. É graças ao seu empenho que conseguimos preservar as nossas florestas e fauna. Como Ministério e como Governo, reconhecemos este trabalho e incentivamos que mantenham esta prontidão e espírito combativo, essenciais para a conservação da biodiversidade em Moçambique.” – afirmou Dgedge.

O Secretário de Estado deixou ainda uma mensagem de solidariedade às famílias dos fiscais que perderam a vida ou ficaram feridos em serviço.

“A família do Mário Cristóvão e as famílias de todos os nossos fiscais que sofreram ou faleceram em serviço recebem as nossas sentidas condolências, uma palavra de solidariedade e um abraço de conforto. Reconhecemos o zelo e dedicação com que continuam a trabalhar na Reserva Especial do Niassa.” – concluiu.

O Fiscal Mário Cristóvão, afeto ao Centro Ambiental de Mariri, apelou à ANAC para que não o esqueça e deixou palavras de encorajamento aos colegas.

“Peço à ANAC que não se esqueça de mim e agradeço muito a visita. A minha mensagem para os colegas é que, mesmo que aconteça algo inesperado como aconteceu comigo, o Governo ainda confia em nós. Nunca pensei estar nesta condição aqui… Não conhecia pessoalmente os dirigentes, apenas ouvia falar deles quando estava na Reserva. Hoje estou aqui com eles. Muito obrigado. Aos meus colegas, peço muita coragem. Se algo acontecer, saibam que o Governo continua connosco.” – disse.

Durante a visita, o Secretário de Estado fez-se acompanhar pelo Secretário Permanente do Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas, Acubar Batista; pelo Diretor-Geral da ANAC, Pejul Calenga; pelo Diretor-Geral Adjunto da ANAC, Severiando Khoy; e pelo Diretor da Divisão de Proteção e Fiscalização da ANAC, Jorge Fernando.

Sobre o Fiscal da Floresta e Fauna Bravia, Mário Cristóvão

Mário Cristóvão foi dado como desaparecido após o ataque insurgente ao Centro Ambiental de Mariri, no dia 29 de abril de 2025. Durante a ofensiva, a viatura em que seguia foi emboscada, tendo sido atingido por disparos.

Apesar dos ferimentos, rastejou cerca de um quilómetro até alcançar um local mais seguro. Passou quatro dias sem alimentação nem água, enfrentando condições severas.

Segundo relato do próprio, durante esse tempo, deslocava-se lentamente na direção da aldeia de Mbamba, a cerca de nove quilómetros do Complexo de Mariri. Graças ao empenho dos colegas e apoio dos operadores da reserva, foi encontrado com vida. Dada a gravidade do seu estado de saúde, foi evacuado para Maputo, onde recebe cuidados médicos especializados.

A Reserva Especial do Niassa está localizada no norte de Moçambique, nas províncias de Niassa e Cabo Delgado, junto à fronteira com a Tanzânia. É a maior área de conservação do país.

O Bloco Kambako está situado na Reserva Especial do Niassa, na fronteira entre as províncias de Niassa e Cabo Delgado, em Moçambique. Geograficamente, o bloco localiza-se em Cabo Delgado, próximo aos distritos de Meluco, Montepuez e Mueda, ao longo do rio Lugenda, um afluente do rio Rovuma. (x)

Fonte: ANAC

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O administrador do distrito de Mocímboa da Praia, Sérgio Cipriano, desaconselhou os camponeses a retomarem atividades agrícolas em determinadas zonas consideradas de alto risco, devido à presença recorrente de insurgentes.

Falando em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, nesta segunda-feira, 19 de maio de 2025, durante uma visita de trabalho à cidade de Pemba, o dirigente explicou que existem áreas historicamente produtivas que permanecem inseguras e, por isso, não devem ser ocupadas neste momento.

"As baixas do posto administrativo de Mbau, porque há muita frequência da insurgência e também porque é a próxima à zona tampão, entre o conflito e a zona não conflituosa, e também aquelas baixas que estão ao longo do rio Muela, que é o rio que limita o nosso distrito e o distrito de Muidumbe, também aquelas baixas do rio Messalo que limita o nosso distrito com o distrito de Macomia", alertou Cipriano.

Segundo o administrador, além das referidas áreas, a população também costumava cultivar em zonas situadas fora do distrito de Mocímboa da Praia, hoje igualmente inapropriadas para produção.

"Então, são zonas muito baixas. A nossa população não só produzia nesses locais, como também produzia na zona de Muingwe, que está dentro do território de Muidumbe. A nossa população também produzia naquela zona de Muidumbe, quase até ao Messalo — zonas próprias para a produção. Então, neste momento, não são áreas acessíveis por conta da segurança."

Apesar dos desafios, Cipriano assegura que há zonas seguras e férteis identificadas pelas autoridades, para onde se pretende canalizar os camponeses, com o objetivo de retomar a produção agrícola de forma segura.

"Encontramos uma outra área, que é a área do rio Quinhevo. Fomos a uma baixa chamada Ndjama, a outra que é depois da unidade. Fomos a uma baixa muito extensa que dá à aldeia Mitumbate. Fomos às aldeias Magaia, Cabacera, e temos uma área super extensa que é a zona de Namandaia, uma terra muito fértil. Então queríamos trabalhar e induzir a nossa população para poder produzir."

As autoridades locais continuam a envidar esforços para garantir a segurança e a criação de condições que permitam o retorno gradual da normalidade nas comunidades afetadas pela instabilidade armada no norte de Cabo Delgado. (x)

Por: António Bote

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A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Cabo Delgado deteve, no domingo, 18 de maio de 2025, um cidadão de natural da província de Nampula na posse de 12 pontas de marfim, com um peso total de 28 quilogramas e que cada quilograma de marfim seria vendido por cerca de dois mil meticais. A informação foi divulgada esta segunda-feira, 19 de maio, pela porta-voz do Comando Provincial da PRM em Cabo Delgado, Eugenia Nhamussa que falava numa conferência de imprensa realizada na Quarta Esquadra em Pemba.

De acordo com a polícia, a detenção resultou de forma de denúncia que dava conta da presença de dois indivíduos que se encontravam hospedados numa residência num dos urbes da cidade, onde estariam a tentar comercializar o marfim de forma ilegal. No entanto, uma operação da PRM foi montada que culminou com a neutralização do cidadão e outro encontra-se amonte, e o produto proibido está nas mãos da polícia.

“O cidadão que teria sido encontrado ontem na posse de 12 pontas de marfim. Chegou-nos a informação cerca das 08 horas através de uma denúncia de que existia na nossa urbe um cidadão proveniente da cidade de Nampula que se encontrava alojado numa residência num dos bairros da nossa cidade que trazia consigo 12 pontas de marfim, confim de comercializar". Disse a porta-voz da PRM em Cabo Delgado, Eugénia Nhamussa.

Durante a detenção, o indiciado afirmou ser apenas intermediário e declarou desconhecer a origem do marfim, acrescentando ainda que é mecânico de profissão e nunca esteve envolvido em este tipo de crime.

"Eu estou aqui sou de Nampula cheguei no dia 17 de camião com um conterrâneo que levava aquele produto de marfim á vinda de Pemba. A minha saida fui contactado com aquele senhor porque pedia uma ajuda que me facilitasse um para eu poder ir ao serviço. quando chegamos aqui aquele senhor não deu tempo ficou no primeiro e dia seguinte quando fui para o mercado a volta não lhe encontrei, ouvi que foi para Nampula. ele disse que esperar o dono de casa vender o produto ele vai te passar o dinheiro, e eu fiquei a espera. até ontem chama o cliente e eu estava a trabalhar a fazer a mecânica. Veio o cliente e quando chega não fez nem 30 minutos saiu vinha de carro, e eu continuei com meu trabalho, direpente chegaram homens das autoridades chamaram os donos de casa e dono foi do lado começaram a conversar. eles disseram que nós fomos dirigidos até aqui porque ouvimos que tem um produto e queremos que sai para fora, o dono quando ouviu aquilo fugiu, logo eles me chamaram e disseram que nós somos homens das autoridades e você está preso e entrega o produto e eu entreguei o produto". Contou o indiciado.

No mesmo balanço policial, a PRM em Cabo Delgado revelou ainda o caso de homicídio doméstico ocorrido no dia 11 de maio de 2025. Onde uma mulher de 27 anos de idade, foi detida por ter queimado os dois braços do seu próprio sobrinho cerca de 10 anos de idade, que morava juntos com sua avó no bairro de Metula, zona da Quarta Esquadra, em Pemba.

As autoridades contam que, o menor teria furtado 100 meticais e uma abóbora da residência da tia, bens que seriam utilizados para a compra de alimentos. No entanto a tia do sobrinho movida pela raiva, utilizou capim seco e queimou os dois braços da criança como forma de castigo.

“Uma cidadã cerca de 27 anos de idade teria ter queimado os dois braços do seu sobrinho, segundo a esta cidadã depois do seu sobrinho cerca de 10 anos de idade, ter furtado 100 MT na residência desta família e juntamente com uma abóbora. Segundo a tia teria sido para comercialização e posteriormente, neste caso fariam o uso do valor para adquirir produtos de consumo para sua casa". frisou Eugénia Nhamussa, porta-voz da PRM em Cabo Delgado.

A porta-voz contou ainda que a mulher detida confessou o crime que cometeu e a criança encontra-se agora aos cuidados médicos no hospital Provincial de Pemba.

"U polícia deslocou-se ao local e confirmou a existia desta avó que cuidava do seu neto e que o mesmo trazia os dois braços queimados, teríamos como primeira medida socorrido o menor acompanhando o menor até ao hospital Provincial de Pemba, onde encontra-se em tratamento hospitalar na pediatria, e teríamos sido também com a detenção desta cidadã que a confessa na prática deste crime". Disse a porta-voz da PRM em cabo delgado Nhamussa.

A cidadã detida contou que o menor já praticava furtos desde os seus quatros anos e que até então, nunca abandonou o comportamento. A mesma avança que está arrependida por ter feito o crime.

"A criança é ladrão começou a roubar desde quando tinha 4 anos de idade, então nesse dia repetia me roubar duas vezes, primeiro roubou 100 MT que era pra comprar arroz, Nesse dia não conseguimos comer, quando roubou o valor não voltou para casa e veio quando era anoite as 22 horas e entrou dentro em casa da sua avó dormiu. No dia seguinte de tarde roubou abóbora para ir vender para jogar jogo "last pita" então ali eu lhe peguei e lhe perguntei para aonde estás a levar esta abóbora, ele disse que vou vender quero jogar "last pita", e direpente me passou uma coisa na minha cabeça. Peguei ele, levei capim e logo queimei-o os dois braços. quando lhe queimei logo fiquei arrependida e não o levei para o hospital porque estive com medo". Contou a mulher detida. (x)

Por: Ibraimo Abdulai

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O administrador do distrito de Mocímboa da Praia, Sérgio Cipriano, manifestou nesta segunda-feira (19.05.2025) otimismo quanto ao processo de reconstrução e ao retorno gradual da estabilidade na região, após anos de insegurança causados pelos ataques terroristas.

Em entrevista à equipa de reportagem da Zumbo FM Notícias, Sérgio Cipriano, destacou o impacto positivo da retoma de obras públicas e o envolvimento da juventude local no processo de reabilitação.

"Todos nós estamos a caminhar para um interesse comum, uma reconstrução de qualidade. Esse processo está a trazer, no seio da nossa comunidade, uma certa alegria, esperança e confiança de que dias melhores estão a chegar", afirmou Sérgio Cipriano.

O administrador realçou ainda o interesse de jovens empreiteiros locais em participar das pequenas obras em curso no distrito. "Temos alguns jovens que nos solicitaram a oportunidade de fazer parte destas obras, para também rentabilizarem as suas empresas. Fizemos chegar esta mensagem aos nossos parceiros e acreditamos que nas próximas oportunidades essa participação será reconsiderada. Estamos preparados tanto para agir sozinhos como em articulação com grandes empresas", disse, lembrando que os fundos para a reconstrução são da comunidade internacional e é necessário garantir que sejam bem aplicados.

No setor agrícola, Cipriano revelou que o governo local está a planificar a produção de arroz em blocos organizados de machambas, com o apoio de uma agência coreana. "Estamos a trabalhar num projeto de parcelamento de blocos agrícolas para produção de arroz. Solicitámos apoio para o aluguer de tratores, que permitiriam lavrar a terra e distribuí-la à comunidade. A ideia é produzir em zonas acessíveis e livres de conflitos. Assim, a população poderá não só se alimentar, como também vender o excedente e melhorar as suas condições de vida", sublinhou.

Com sinais de recuperação visíveis e projetos estruturantes em curso, o distrito de Mocímboa da Praia começa a vislumbrar uma nova fase de desenvolvimento e esperança para as suas comunidades.(x)

Por Nazma Mahando

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O Chefe de Estado Moçambicano, Daniel Francisco Chapo, promulgou e mandou publicar, esta segunda-feira, 19 de maio de 2025, a lei referente ao Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE).

Segundo escreve o " Jornal O país" a referida lei foi aprovada recentemente pela Assembleia da República e submetida ao Presidente da República para promulgação. Segundo a Presidência da República, “o Chefe do Estado verificou que a mesma não contraria a Lei Fundamental”.

O Plano Económico e Social e o Orçamento do Estado são instrumentos essenciais para o planeamento e execução das políticas públicas e econômicas do país em 2025, orientando o desenvolvimento sustentável e o crescimento inclusivo. A promulgação desta lei reafirma o compromisso do governo moçambicano com a estabilidade financeira e a melhoria das condições de vida da população.(x)

Por: Zumbo FM Notícias

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Mais de 130 mil habitantes do distrito de Mocímboa da Praia continuam a consumir água captada de um rio a céu aberto, sem qualquer tipo de tratamento. A informação foi confirmada pelo administrador distrital, Sérgio Cipriano, em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, concedida nesta segunda-feira, 19 de Maio de 2025, durante a sua visita de trabalho à cidade capital de Cabo Delgado.

Segundo o dirigente, a ausência de um centro de tratamento de água constitui um dos principais desafios enfrentados pelo distrito no processo de reconstrução e restabelecimento de serviços básicos.

"Falta por construir centro de tratamento de água, a água precisa de ser tratada porque é captada num rio a céu aberto, então é água suscetível a algumas impurezas", declarou Sérgio Cipriano.

A ausência dessa infraestrutura básica constitui uma preocupação para as autoridades locais, num contexto em que o distrito procura recuperar a normalidade após anos de instabilidade.

Mocímboa da Praia localiza-se na zona costeira norte da província de Cabo Delgado, sendo um dos distritos fortemente afectados pelo conflito armado nos últimos anos. A falta de infraestrutura básica, como sistemas de tratamento de água, representa um dos desafios actuais no processo de reconstrução e normalização da vida local.

A Zumbo FM Notícias continuará a acompanhar o processo de reabilitação dos serviços públicos em Mocímboa da Praia. (x)

Por: António Bote

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A província de Cabo Delgado enfrenta um grave impacto socioeconômico no setor do turismo devido à insegurança provocada por ataques armados que têm levado ao encerramento de vários estabelecimentos turísticos, especialmente na região da Reserva Especial do Niassa. Esta área, reconhecida pela sua riqueza natural e pela prática de caça desportiva, tem sofrido ameaças crescentes que colocam em risco não só os recursos ambientais, mas também a subsistência de muitas famílias que dependem direta ou indiretamente do turismo.

O segundo Vice-presidente da Associação do Turismo na Província de Cabo Delgado, Óscar Soares, falou em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias nesta sexta-feira, 16 de Maio de 2025, sobre a situação preocupante que o setor enfrenta.

“Nós temos sentido isso, vão me desculpar os colegas nesta área, mas tenho que ser franco. Nos nossos estabelecimentos turísticos tivemos que encerrá-los em sistema de insegurança, tivemos que encerrá-los por conta de situações de violação ou da própria insegurança”, afirmou.

Soares destacou a importância da Reserva Especial do Niassa, salientando que esta é uma zona estratégica para o turismo na província e que toda a logística de apoio, desde combustível a alimentação, é prestada a partir de Cabo Delgado. Contudo, o recente aumento de ataques compromete seriamente a realização da época desportiva de caça, que começa em junho.

“É só para dar um exemplo, está para começar a época desportiva de caça, os turistas estão a fazer desmarcações na área da Reserva do Niassa. Esta é uma zona de Cabo Delgado onde tem toda a logística para a reserva do Niassa, que é uma área de caça desportiva, e é feita através da Província de Cabo Delgado. Todo o sistema de combustível, alimentação e outros serviços é prestado a partir da Província de Cabo Delgado. Neste momento estamos na segunda semana de maio, a época começa em junho. Qual é o turista que vai se sentir seguro em ir lá, sabendo que houve um ataque a duas ou a três semanas? Mesmo nós cá localmente, penso em duas ou três vezes antes de ir, porque é uma zona verde, é uma zona que a gente possa desfrutar mais ou menos não só dos recursos animais mas também florestal, a própria fauna. Mas para isso precisamos da segurança”, explicou.

O dirigente também comentou o impacto da destruição sofrida nos últimos ataques, ressaltando o prejuízo acumulado em duas décadas de trabalho e investimentos.

“Pelas imagens que recebemos e pelos contatos que tivemos, houve um impacto enorme destrutivo de 20 anos de existência. Para destruir alguma coisa são 5 minutos, mas para construir, para fazer a imagem e para divulgá-la e mantê-la requerem muitos recursos”, relatou.

Ele apontou ainda as consequências sociais e econômicas para trabalhadores e comunidades locais, que perderão os benefícios decorrentes das atividades turísticas anuais.

“Então vamos ter impactos sociais destruídos, temos aí trabalhadores que vão perder mais ou menos os seus trabalhos, temos a própria vizinhança que é a comunidade que vai perder os recursos ou os benefícios que aquele estabelecimento ou aquela propriedade facultava durante a época anual do turismo, que é o tal benefício que a comunidade deve ter”, completou.

Outro fator que contribui para a retração do turismo em Cabo Delgado, segundo Soares, são as recomendações das embaixadas e seguradoras internacionais, que desaconselham suas cidadanias a viajarem para a província devido ao risco.

“Outra coisa que está a desencorajar, além disso, são as próprias embaixadas ou os consulados que desencorajam os seus cidadãos de nacionalidade 'X' a dizer: nós não recomendamos a nossa cidadania a viajar para a Província de Cabo Delgado. Então são os seguros que não vão cobrir que um turista venha a esta zona de risco”, disse.

Refira-se que os terroristas invadiram a Reserva Especial do Niassa concretamente no Bloco Kambako, nos finais do mês de Abril de 2025, onde fizeram vários estragos, incluindo reféns da própria Reserva.
(x)

Por: António Bote

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O governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, voltou a afirmar que a província está “a caminho da estabilidade definitiva”, mesmo diante do longo histórico de ataques armados que afligem a região há quase oito anos.

A declaração foi proferida neste sábado (17), em Metoro, distrito de Ancuabe, durante o lançamento da campanha de comercialização agrária de 2025. Com um tom de confiança, Tauabo elogiou o desempenho das Forças de Defesa e Segurança (FDS) e garantiu que existem sinais claros de recuperação.

“Estamos a ter cada vez mais um bom ambiente na província de Cabo Delgado. Um bom ambiente mesmo (...), com esse trabalho que estão a realizar as nossas forças. A esses intrusos já lhes foi dada a oportunidade para se entregarem às comunidades, às famílias, se forem moçambicanos”, declarou.

O governador destacou que só foi possível realizar o evento em Ancuabe devido à melhoria das condições de segurança.

“Hoje estamos a conseguir vir aqui até Ancuabe porque há estabilidade”, reforçou, acrescentando que a reintegração dos insurgentes é possível, desde que se apresentem de forma honesta.

Com esperança visível, Tauabo projetou uma viragem definitiva ainda para este ano.

“As FDS precisam de nós. Porque esses que estão a criar esta situação toda na província convivem connosco, são nossos filhos, são nossos sobrinhos, são nossos irmãos.”

Contudo, nem todos compartilham da mesma visão. Para o jornalista António Bote, da Zumbo FM Notícias, que acompanha de perto a realidade da província, a promessa de estabilidade definitiva deve ser encarada com responsabilidade e realismo.

“Eu, como jornalista e com base nos relatos que tenho vindo a colher junto da população afectada pelo terrorismo, afirmo sem receio que os terroristas ainda estão a intensificar as suas incursões, principalmente na zona norte da província de Cabo Delgado.”

“De acordo com o que tenho vindo a acompanhar junto das comunidades, não restam dúvidas de que o terrorismo ainda persiste, embora esteja a ocorrer de forma mais esporádica, diferente do que se verificava há dois ou três anos. Ademais, nem posso afirmar nem negar que estamos a caminho de uma paz definitiva na província de Cabo Delgado. Digo isto porque, sinceramente, não sei se estão a ser aplicadas novas abordagens no combate ao terrorismo. Só as forças no terreno e o governo podem realmente fundamentar se estamos, ou não, a caminhar para a paz definitiva. Para terminar, é preciso que o governo deixe de praticar o discurso epidíctico e permita que as acções falem por si.”

As palavras de Bote reflectem o sentimento de prudência que cresce entre aqueles que pedem cautela no uso do termo “estabilidade definitiva”, num contexto ainda volátil e marcado por muitos desafios.

 Só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos na província de Cabo Delgado, um aumento de 36% em relação ao ano anterior, indicam dados divulgados recentemente pelo Centro de Estudos Estratégicos de África, uma instituição académica do Departamento de Defesa dos Estados Unidos que analisa conflitos no continente.

Além de Cabo Delgado, palco destes ataques e movimentações terroristas desde 2017, a vizinha província de Niassa também foi atingida em Abril, quando membros destes grupos decapitaram dois guardas-florestais.

E a pergunta que não se cala é a seguinte: Cabo Delgado está, de facto, a virar a página do conflito… ou estaremos apenas a escrever mais um capítulo de uma ilusão?(x)

Por: Bonifácio Chumuni

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