Mais de 4 mil unidades produtivas, com destaque para indústrias e agronegócios, foram encerradas devido à insegurança e aos conflitos que marcaram o início do quinquênio 2020-2024 na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.
A declaração foi feita nesta terça-feira, 3 de dezembro de 2024, durante a cerimônia de graduação de estagiários do programa MozYouth, financiado pelo projeto Mozambique LNG.
“A paralisação de 4.900 unidades produtivas reflete o impacto devastador da instabilidade que vivemos nos últimos anos, devido aos conflitos que marcaram o início do quinquênio 2020-2024”, disse o Governador da Província de Cabo Delgado, Valige Tauabo.
Entretanto, o Governador especificou que, embora algumas dessas unidades produtivas tenham sido encerradas no início do quinquênio 2020-2024, várias foram retomadas devido à melhoria do clima de segurança na província.
“No entanto, os progressos na estabilização e o retorno voluntário de grande parte da população já permitem a reposição da rede industrial e comercial da província”, afirmou Tauabo.
O governante destacou ainda que essa recuperação econômica também impulsionou novas oportunidades de emprego. Durante o quinquênio 2020-2024, foram criados cumulativamente 1.06.350 postos de trabalho nos setores público e privado.
“Eventos como a graduação de 90 estagiários hoje mostram nossos esforços para promover a empregabilidade de jovens, fator crucial para reconstruir o tecido social e econômico da região. Durante o quinquênio 2020-2024, foram criados cumulativamente 1.06 350 empregos nos setores público e privado, e cerca de 1.848 jovens foram colocados em estágios pré-profissionais remunerados e não remunerados, com taxas de sucesso para o emprego conforme indicamos”, destacou o Governador.(x)
Por: Nazma Mahando
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A mina de grafite de Balama, uma das maiores fontes de emprego e desenvolvimento na província de Cabo Delgado, está paralisada há dois meses devido a uma greve liderada pela população local. Os manifestantes, que em 2014 cederam suas terras para a instalação da multinacional australiana Syrah Resources, exigem o pagamento de indemnizações prometidas, alegando que os acordos firmados à época não foram cumpridos.
A situação tem gerado impactos profundos na economia do distrito de Balama, com reflexos tanto no nível de emprego quanto na execução de projetos sociais. O Administrador do Distrito, Edson Lino, em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias nesta quarta-feira, 04 de Dezembro de 2024, destacou que a paralisação prejudica várias frentes da economia local.
"Certamente impacta naquilo o que é a economia do distrito, através dos empregos diretos, temos empregos indiretos, temos fornecedores da alimentação como vegetais, então naturalmente isso impacta negativamente para a economia local", explicou o Administrador do distrito de Balama, Edson Lino.
Lino explicou que, além da interrupção das atividades produtivas, obras sociais financiadas pela Syrah Resources também foram suspensas. Tais projetos, que incluíam melhorias na infraestrutura comunitária, são considerados essenciais para o bem-estar da população local.
"Outro entretanto, é que nós temos algumas obras que estão correr no âmbito da responsabilidade social, estão ser executadas pela empresa Syrah e assim que estão paralisadas as obras, naturalmente que os projetos sociais também ficam afetados."
A mina emprega entre 400 a 500 trabalhadores permanentes e, em períodos de maior demanda, chega a oferecer trabalho a até 500 pessoas adicionais em contratos temporários, como explicou o administrador.
"A mão-de-obra direta, que está a trabalhar na mina, que está contratada a tempo efetivo, ronda entre 400 a 500 trabalhadores. Temos alguns que fazem trabalhos a tempo certo, também temos os que fazem trabalhos constantes, então, há momentos em que há muita procura da mão-de-obra local, então chegam atingir 200, 300, 400, 500, dependendo daquilo o que são os trabalhos, quer o nível da construção civil, e outros trabalhos adjacentes."
O dirigente enfatizou que, apesar da paralisação, a empresa tem mantido o pagamento de salários e outras remunerações aos funcionários.
"Por enquanto a empresa estão a honrar com os seus compromissos, está pagar salários, e outras remunerações, não está nada cancelado."
O chefe do executivo de Balama, disse ainda que, a inatividade da mina já soma dois meses e levanta preocupações sobre o futuro da exploração de grafite em Balama, um recurso vital para a economia local e global.
"Nós estamos a falar agora de dois meses que a mina do grafite de Balama não trabalha", concluiu Edson Lino.
O governo do distrito busca mediar um diálogo entre a empresa e os manifestantes para garantir o retorno às operações. Enquanto isso, os impactos econômicos e sociais continuam a crescer, e as comunidades locais exigem que suas reivindicações sejam atendidas de forma justa e imediata.
A situação em Balama reflete um desafio maior enfrentado por regiões ricas em recursos naturais: equilibrar o desenvolvimento industrial com as expectativas e os direitos das comunidades locais. A resolução da greve é crucial não apenas para restaurar a normalidade econômica, mas também para fortalecer a confiança entre a população e os investidores. (x)
Por: António Bote
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Nesta terça-feira, 3 de dezembro de 2024, o Presidente da República de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, anunciou oficialmente a nomeação de Américo Julião Letela para o cargo de Procurador-Geral da República. A decisão foi divulgada por meio de um comunicado de imprensa recebido pela redação da Zumbo FM Notícias.
A nomeação marca uma transição importante no Ministério Público, uma vez que sucede ao mandato de Beatriz Buchili, que encerrou recentemente seu período à frente da Procuradoria-Geral.
No mesmo comunicado, Filipe Nyusi, designou Maria de Fátima Fernandes Fonseca, para o cargo de Juiz Conselheiro do Tribunal Supremo, reforçando a estrutura do sistema judiciário do país.
Com essas nomeações, o Presidente promove ajustes estratégicos em órgãos fundamentais para a administração da justiça, em um momento marcado por desafios institucionais e demandas por maior eficiência no setor.(x)
Por: Nazma Mahando
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Desde 1992, o dia 3 de dezembro é marcado como o Dia Internacional dos Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência, ocasião em que o mundo reflete sobre os direitos e o bem-estar dessa camada da sociedade, destacando a importância de sua inclusão nos diversos aspectos da vida política, social, econômica e cultural. Esta data visa promover a igualdade de direitos e oportunidades para as pessoas com deficiência, que ainda enfrentam barreiras significativas para sua plena integração.
Em Cabo Delgado, na cidade de Pemba, as pessoas com deficiência destacaram as dificuldades que enfrentam e exigiram maior atenção do Governo e da sociedade. Entre as principais preocupações estão a falta de acessibilidade nos edifícios públicos, as limitações de mobilidade e o difícil acesso a oportunidades de emprego e formação. Estas questões foram abordadas durante as celebrações do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, realizadas nesta terça-feira, 3 de dezembro de 2024.
A comemoração, que contou com cânticos e danças, também foi marcada por momentos de reflexão, como a poesia, usada para denunciar as dificuldades diárias enfrentadas pelo grupo. O Fórum das Associações de Pessoas com Deficiência, representado por Hermenegildo Ali, fez um apelo para que o Governo e a sociedade se mobilizem para atender a essas necessidades.
“A acessibilidade nos edifícios públicos, a mobilidade e o acesso às oportunidades de emprego e formação são algumas das maiores necessidades desta camada da população. Exigimos que o Governo e a sociedade se mobilizem para garantir a inclusão e a igualdade de oportunidades para todos", afirmou Hermenegildo Ali, representante do Fórum.
Hermenegildo Ali, também sublinhou a importância de garantir uma vida digna e plena de direitos para as pessoas com deficiência. Em sua intervenção, ele destacou a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para garantir a inclusão:
“É necessário criar políticas públicas que promovam a inclusão efetiva das pessoas com deficiência, garantindo a acessibilidade, a educação e as oportunidades de emprego. O Estado deve atuar de forma mais concreta para assegurar que esses direitos sejam cumpridos em toda a província de Cabo Delgado”, declarou o delegado provincial da FAMOD
Durante o evento, as pessoas com deficiência expressaram suas dificuldades diárias e reiteraram a urgência de que suas necessidades sejam atendidas de maneira urgente. Para muitos, a inclusão social não é apenas um direito, mas uma condição indispensável para garantir sua participação ativa e digna em todos os aspectos da vida. (x)
Por: Bonifácio Chumuni
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A guerra em Cabo Delgado, que dura já mais de sete anos, continua a espalhar uma sombra de incerteza e sofrimento entre os deslocados que, cada vez mais, veem suas esperanças de retorno às suas terras se desfazerem. Em meio aos ataques terroristas que devastaram diversas localidades, a falta de perspectivas sobre o fim do conflito tem gerado um clima de angústia e desespero. No centro de reassentamento de Naminawe conhecida por Na Nyusi, no posto administrativo de Mieze, distrito de Metuge, centenas de famílias, que fugiram dos horrores da violência, enfrentam o pesado fardo da dúvida: será que algum dia poderão voltar para suas casas?
Nesta quinta-feira, 21 de Novembro de 2024, em uma entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, deslocados provinientes de diversos distritos da província falaram sobre os efeitos devastadores da guerra, não apenas sobre suas vidas diárias, mas principalmente sobre a incerteza de um futuro livre do terror. As palavras dessas vítimas, que já enfrentam o exílio forçado há anos, refletem uma preocupação constante: o fim da guerra, e com ela, a possibilidade de reconstrução de suas vidas.
Ngamo Assane, natural de Muieda, que está em Metuge há mais de três anos, compartilhou seu profundo receio sobre o fim da guerra.
“Estamos a pedir para o governo entender e pôr fim à guerra, porque eu perdi muita coisa. Meus filhos estavam estudando na terceira classe e, quando a guerra começou, não consegui mandá-los continuar os estudos. Não tenho vontade de voltar para o meu distrito depois de tudo o que vivenciei lá. Já estamos há mais de sete anos e não sei se a guerra vai acabar algum dia,” afirmou, visivelmente abalado.
A dúvida sobre a duração do conflito também foi expressa por um deslocado que preferiu permanecer anônimo. Ele destacou a frustração e a confusão vivida pela população: “Nos choramos para que a guerra acabe, para que haja paz na nossa província e no nosso país, mas não sabemos mais o que pensar. A guerra, dizem, está diminuindo, mas sempre que alguém tenta voltar para a sua terra, logo ouvimos que houve novos ataques. Não sabemos de onde vem essa guerra, e já estamos há tanto tempo sofrendo.”
Outro deslocado proviniente do distrito de Muidumbe que falou em anonimato, também compartilhou suas inquietações sobre o futuro.
“Nós queremos que a guerra acabe, para que cada um possa voltar para sua casa, mas aqui estamos mal. Não há condições. Em Muidumbe, a guerra continua até hoje, e a situação em Macomia é ainda pior. Não sei se essa guerra vai acabar algum dia ou se vamos viver aqui para sempre.”
Residente em Naminawe desde 2020, Boco Tome, expressou uma angústia que se tornou comum entre os deslocados.
“Aqui choramos todos os dias para que a guerra acabe, esse é o nosso grito. Estamos sem saber o que fazer. A situação está cada vez pior, e o medo de que a guerra nunca acabe toma conta de todos nós.”
Moca Mendoca, natural de Macomia e deslocada há três anos, trouxe à tona a frustração de um sofrimento sem fim.
“Estamos pedindo para que a guerra termine, para que possamos voltar para nossas casas. Não podemos viver assim para sempre, sem saber quando ou se a guerra vai acabar. Se o governo consegue dar-nos condições para viver aqui, porque não pode acabar com a guerra e deixar-nos retornar às nossas terras?”
As declarações dessas pessoas que vivem há anos em centros de reassentamento não refletem apenas uma luta pela sobrevivência, mas uma constante incerteza quanto ao futuro. A guerra, que destruiu tantas vidas e forçou tantas famílias a se exilarem, permanece sem fim à vista. A dúvida sobre o que virá a seguir é um fardo pesado para aqueles que ainda esperam, em vão, pelo retorno à normalidade.
A falta de clareza sobre o desfecho do terrorismo em Cabo Delgado alimenta o desespero e o sentimento de abandono. Para esses deslocados, o retorno às suas casas é um sonho distante, enquanto o temor de um futuro incerto continua a marcar suas existências, dia após dia. A resposta do governo e das autoridades internacionais continua sendo uma questão crucial para resolver esse impasse, pois enquanto a guerra persistir, a dúvida sobre o fim do sofrimento será o principal inimigo dessas famílias. (x)
Por: António Bote
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A situação de fome em Chiúre, como em grande parte de Cabo Delgado, se agravou devido à prolongada crise de segurança. Com os ataques terroristas que afetam a província desde 2017, milhares de famílias foram forçadas a abandonar suas casas, gerando um número crescente de deslocados internos que vivem em condições precárias. A insegurança impede o cultivo de alimentos e dificulta a distribuição de ajuda humanitária, resultando em uma crise alimentar alarmante em diversas regiões. No município de Chiúre, a falta de recursos e infraestrutura tem dificultado as tentativas de aliviar o sofrimento da população.
Em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias, está terça-feira, 26 de Novembro de 2024, o Presidente do Conselho Municipal de Chiúre, Alicora Intutunha, abordou as dificuldades enfrentadas pela administração local para combater a fome. "A questão de fome, eu digo a verdade, lamentavelmente, temos vontade de ajudar a população, mas nós como o município, não temos a capacidade de resolver a questão de fome, as nossas asas são muito limitadas", reconheceu Intutunha, enfatizando as restrições financeiras e operacionais que impedem uma ação mais eficaz.
Apesar das limitações, o município tem tentado responder às necessidades imediatas da população. "É verdade que quando há uma questão, de algumas pessoas, por exemplo, se estamos a falar de 3 a 4 dias, ou por um momento quando as pessoas têm saído para lá nos postos administrativos, temos feito alguma coisa", disse o Presidente, referindo-se aos esforços para mitigar o impacto imediato da fome.
Entretanto, a questão de uma fome prolongada, de meses, ainda representa um grande desafio. "Resolver a questão de fome, de 2, 3, 4 meses, o município não tem essa capacidade", afirmou Intutunha, deixando claro que a solução exige mais do que as ações isoladas e temporárias que podem ser feitas localmente. (x)
Por: António Bote
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No coração da insurgência que assola Cabo Delgado, o distrito de Chiúre tem vivido uma realidade marcada pelo medo e pela insegurança. Além da constante ameaça dos terroristas, os moradores enfrentaram por meses abusos e extorsões praticados pela Força Local, conhecida como Namparamas. No entanto, uma onda de denúncias da comunidade levou a mudanças significativas na postura deste grupo.
Uma fonte segura, falando nesta terça-feira, 26 de novembro de 2024, à Zumbo FM Notícias, relatou que os casos de extorsão diminuíram consideravelmente após a intervenção das autoridades.
"Aquelas agressões que faziam a Força Local (Namparamas) estão a reduzir, isso porque apresentamos à polícia. A polícia despertou porque a comunidade vinha colocando a queixa e, em meu nome, fiz também uma queixa lá. Então isso tudo chegou até à direção da Força Local, e agora melhorou", explicou a fonte.
Por outro lado, o Presidente do Conselho Municipal de Chiúre, Alicora Intutunha, confirmou que os abusos eram mais frequentes durante os momentos de maior tensão na região, quando a Força Local aproveitava-se da vulnerabilidade das pessoas deslocadas.
"Desde maio até aqui, as pessoas andam livremente. A Força Local se aproveita no momento em que os terroristas intensificam as suas ações. Aproveitam mais com o deslocamento de pessoas que fogem dos ataques terroristas em busca de áreas seguras para viverem. Daí, essa população não respirava com a Força Local", afirmou.
Atualmente, a situação na região apresenta sinais de melhoria. "Agora, a situação está normal", concluiu o Presidente, atribuindo a mudança às denúncias feitas pela comunidade e à ação das autoridades.
Chiúre segue como um retrato da resistência em Cabo Delgado, onde as comunidades enfrentam não apenas o terrorismo, mas também outros desafios internos. A redução das extorsões é vista como um avanço importante na busca por estabilidade e segurança na região. (x)
Por: António Bote
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Em um marco simbólico na luta contra o terrorismo que assola a região de Cabo Delgado, o posto administrativo de Mucojo e a localidade de Pangane, em Macomia , foram reabertos, após mais de quatro anos de ocupação por supostos terroristas. Esta reabertura segue a realização de uma operação conjunta das Forças Armadas de Moçambique e das Forças de Defesa de Ruanda, em agosto de 2024, que visou restaurar a segurança na zona costeira e derrotar os insurgentes.
Apesar do progresso significativo, a normalização da situação ainda está longe de ser uma realidade para toda a população. Em uma entrevista exclusiva concedida a Zumbo FM Notícias, nesta terça-feira, 26 de Novembro de 2024, o secretário permanente do distrito de Macomia, Cristóvão Alberto, confirmou que, embora Mucojo e Pangane já estejam abertas, as restrições ainda continuam no posto administrativo de Quitério, outra área que sofreu com a ocupação terrorista, permanece isolada, sem acesso à população.
De acordo com Alberto, o retorno à normalidade será gradual. “Não estamos permitindo que toda a população retorne de imediato. Inicialmente, apenas pescadores estão sendo autorizados a voltar, e eles terão que controlar o ambiente local antes de permitir que suas famílias, filhos e esposas se juntem a eles”, afirmou o secretário permanente, Cristóvão Alberto.
A Pesca de Mucojo e Pangane: Pilar da Economia Local.
Mucojo e Pangane, localizadas ao longo da costa de Cabo Delgado, sempre foram centros importantes para a pesca artesanal. O pescado da região, principalmente o camarão e o peixe garoupa, é essencial não só para a subsistência das famílias locais, mas também para a economia da província, com muitos pescadores dependentes do comércio de peixe para garantir a sua sobrevivência.(x)
Por: Bonifácio Chumuni
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Trata-se das mulheres vulneráveis e às deslocadas em consequência dos ataques terroristas que assolam a zona norte de Moçambique desde de 2017, que se beneficiaram das 100 máquinas de costura para desenvolver habilidades e garantir a independência financeira.
As referidas máquinas foram adquiridas pela Agência do Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN), e entregue ao Governo local está segunda-feira, 25.11.2024.
O Presidente da Comissão Executiva da ADIN, Jacinto Loureiro, disse que as máquinas entregues, poderão desenvolver às habilidades.
"Usamos essa via porque sabemos que efectivamente essas máquinas, lvão chegar aos destinatários certos aqueles que realmente precisam de ter uma profissão de incrementar valores naquilo que eles já fazem", disse o Presidente da ADIN.
Por sua vez, a esposa do Secretário de Estado de Cabo Delgado, Júlia Macia, diz que, apesar dos desafios enfrentados na província às máquinas de costura poderão fazer alguma diferença para a população e as mulheres deslocadas.
"Esta recepção nós enche com Esperança e acontece numa altura em que as populações enfrentam desafios inimaginaveis cujo a sua resiliência é determinação são inspiradoras para nós, por isso é Inspirador ver como as maquinas de costura irao fazer diferença na vida das populações sobre tudo das mulheres deslocadas de Cabo Delgado", disse.
Júlia Macie avançou ainda que, às maquinas de costura, poderão ajudar na formação e capacitação de mulheres que foram severamente afectadas pelo extremismo violento, na província de Cabo Delgado.
"Estás máquinas de costura, irão ajudar na formação e capacitação de mulheres pois como se sabe a nossa Província continua sendo severamente afectada pela violência e extremismo violento afentando mais as mulheres dai a entrega dessas máquinas abre uma nova pagina, para o empoderamento e autonomia financeira das mulheres".avançou.
Por outro lado, a esposa do governador da província de Cabo Delgado, Edna Tauabo, acredita que, máquinas vão resgatar a inteligência dos jovens e raparigas estava em via de extinção.
"Estamos convictos que saíram jovens e raparigas intelectualmente habilitadas, e capazes de lutar Pela sua auto-confiança e auto-superação como actores de qualidades reconhecidas e capazes de competir no mercado nacional e internacional", sublinhou Tauabo.
Edna Tauabo, desafia às benefiacirias tiraram maior proveito nas máquinas.
"A nossa expectativa é que os benefiários desses kits, tirem um maior proveito ou dessas máquinas de costura para que na sua comunidade façam diferença". Apelou a esposa do Governador da Província. (x)
Por: Esperança Picate
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A violência do terrorismo em Cabo Delgado, que já perdura por vários anos, continua a impactar diretamente a administração pública e a vida cotidiana dos cidadãos. O distrito de Chiúre, que enfrenta o avanço das forças insurgentes, viu seu Posto Administrativo de Mazeze ser desprovido de todos os funcionários do Estado, que abandonaram suas funções diante da crescente ameaça terrorista. A fuga em massa das autoridades locais tem deixado a população à mercê dos insurgentes, aumentando o caos e a insegurança na região.
Entre os dias 21 e 26 de Novembro de 2024, a circulação dos terroristas nas imediações de Mazeze tornou insustentável a permanência dos servidores públicos na localidade.
Uma estrutura local bem posicionada no Governo do distrito, que preferiu manter o anonimato, falou em entrevista exclusiva à Zumbo FM Notícias nesta terça-feira, 26 de novembro de 2024, e detalhou a situação alarmante. "O trabalho está mal por conta dos terroristas, não estamos a trabalhar conforme, só há 'vuco-vuco, corre-corre' de um lado para outro. Todos os funcionários do Estado que trabalham em Mazeze fugiram. Ninguém está lá, apenas é a população nativa que está lá", disse a fonte.
A falta de presença dos servidores públicos compromete seriamente os serviços essenciais da região, já fragilizada pela contínua insegurança.
"Dessa maneira, não é possível ficar funcionário lá", afirmou a mesma fonte, evidenciando o medo e a impossibilidade de trabalhar em um ambiente dominado pela violência.
A situação é ainda mais dramática para os moradores locais, que têm que lidar com a ausência do governo e com a constante ameaça de ataques terroristas. "Eu já estou aqui na vila sede do distrito de Chiúre, já fugi lá, tenho medo deles", concluiu, relatando a fuga de um funcionário local, que agora busca refúgio longe dos ataques.
Enquanto os serviços públicos são interrompidos e a administração local se vê desmantelada, a população de Mazeze vive em um estado de extrema vulnerabilidade, sem a proteção do Estado e sem perspectivas de recuperação no curto prazo. (x)
Por: António Bote
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